Usina híbrida

Neoenergia vai instalar usina solar com baterias em Fernando de Noronha

Estão previstas ainda ações de eficiência energética para conscientização da população.

Neoenergia vai instalar usina solar com baterias em Fernando de Noronha

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou portaria autorizando a Neoenergia Pernambuco, concessionária de distribuição de energia elétrica de Fernando de Noronha, estado de Pernambuco, a realizar investimentos para a ampliação da capacidade instalada dos ativos de geração, bem como de medidas destinadas à garantia do suprimento eletroenergético.

Segundo a Neoenergia, a iniciativa prevê a instalação de uma planta híbrida solar fotovoltaica combinada a um banco de baterias. Estão previstas ainda ações de eficiência energética para conscientização da população com foco no consumo eficiente da energia elétrica visando à sustentabilidade e à qualidade do fornecimento neste sistema isolado.

A portaria reconhece a inviabilidade de realização da licitação para atendimento do arquipélago, conforme o decreto nº 7.246/2010. Em até 30 dias da entrada em vigor da portaria, a distribuidora deverá apresentar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o plano de investimento detalhado contendo as ações e projetos a serem desenvolvidos.

A ampliação da capacidade dos ativos de geração para atendimento da demanda prevê a geração a partir de fontes renováveis, iniciada gradualmente a partir de 2027, com ou sem armazenamento, para redução da dependência da geração à diesel e que promovam redução dos custos à Conta de Consumo de Combustível (CCC).

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A expansão deve manter as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas pela distribuidora, previsto em seu contrato de concessão nº 026/2000-Aneel ou naquele que o substituir.

Enquanto isso, a capacidade de potência instalada da usina térmica de Tubarão deverá ser ampliada para atendimento da demanda máxima requerida, sendo de 6,5 mil kW em 2025, 6,8 mil kW em 2026, e de 7,2 mil kW em 2027, para segurança do atendimento da demanda de potência.

Noronha Verde

Em nota encaminhada, a Neoenergia destaca que o objetivo do projeto Noronha Verde é alcançar até 85% de descarbonização no arquipélago que, hoje, é majoritariamente abastecido a diesel e que irá se tornar a primeira ilha habitada na América Latina a alcançar essa marca.

A estimativa é que o Noronha Verde entre em operação no início de 2027. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 300 milhões. A iniciativa, que envolve o governo federal, por meio do MME, e o governo de Pernambuco, será licenciada pela Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco, mediante anuência do ICMBio.

” Este projeto representa um grande avanço para a Ilha e para o setor elétrico nacional, na medida em que viabiliza a produção de energia renovável num sistema isolado como o de Fernando de Noronha, Patrimônio Natural Mundial pela Unesco”, disse o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui.

Plano de investimentos

Caso o plano de investimento não seja entregue no prazo de 30 dias pela empresa, deverá ser comunicado ao Ministério de Minas e Energia para que proceda à reavaliação da solução estrutural a ser adotada para atendimento da localidade, sem prejuízo da manutenção da continuidade do atendimento pela distribuidora.

O plano deverá indicar o estudo de alternativas e o detalhamento da solução de suprimento a ser implantada, com seu orçamento, contendo as justificativas técnicas, econômicas e ambientais; redução estimada dos custos da CCC e de emissões de gases do efeito estufa, em comparação com a atual solução; e do cronograma de implantação que deverá servir de referência para Aneel fiscalizar e aplicar as penalidades.

A Aneel poderá aplicar valor excepcional para reembolso do custo da energia gerada por fonte solar associada a armazenamento até que sejam definidos valores por meio de resolução regulatória da agência para os procedimentos da CCC.

Também será de responsabilidade da Aneel o acompanhamento e implementação da ampliação da potência máxima da termelétrica, para que a solução de suprimento contribua com a redução de custos na CCC e com a geração de energia elétrica por fontes renováveis.