Congresso

Relatório tira 'jabuti' da GD de PL do Combustível do Futuro

Muito criticada por aumentar subsídios, emenda deve ser votada em separado como destaque.

Relatório tira 'jabuti' da GD de PL do Combustível do Futuro

O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) apresentou novo parecer sobre o Projeto de Lei 508/2020, conhecido como Combustível do Futuro, sem acolher a emenda que prorroga o prazo para que projetos de geração distribuída (GD) sejam construídos. A emenda, porém, será votada em separado como destaque.

À MegaWhat, Jardim disse que pretende concluir a votação do PL ainda nesta quarta-feira, 11 de setembro.

Ontem, as lideranças da Câmara não chegaram a um consenso sobre a rejeição ou não da emenda inserida na tramitação do PL no Senado. O governo já se posicionou de forma contrária, citando cálculos elaborados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que apontam que a emenda envolverá custos adicionais de R$ 24 bilhões aos consumidores até 2045.

A Lei 14.300/2022, conhecida como marco legal da geração distribuída, determinou que os consumidores têm 12 meses para concluir a instalação da geração solar distribuída depois de receber o aval da distribuidora. A emenda incluída pelo senador Irajá (PSD-TO) aumenta o prazo para 30 meses.

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Na votação, em 4 de setembro, o relator do PL no Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), foi contra a aprovação da emenda, devido aos custos dos subsídios pagos na tarifa para a fonte solar, e também pela falta de relação com o tema do PL do Combustível do Futuro – o que rendeu à emenda a classificação como “jabuti”.

Mesmo assim, a emenda foi aprovada em votação destacada no plenário do Senado, com 44 votos a favor e 25 contra.