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Belo Monte volta a operar sem restrições à vazão

UHE Belo Monte - crédito Roney Santana
UHE Belo Monte /Crédito: Roney Santana

A usina hidrelétrica de Belo Monte voltou a operar com vazão normal nesta semana depois do fim do período defeso. Com 11,2 mil MW, o ativo da Norte Energia foi impactado pela interrupção da operação do bipolo do ativo, levando à alteração não prevista no trecho de vazão reduzida do rio Xingu em fevereiro.

O período de defeso é determinado de acordo com a época de reprodução de cada espécie de peixe, e considera a necessidade de especial proteção ao ecossistema. Em nota à MegaWhat, a Norte Energia destacou que a usina segue operando normalmente.

“Quando da recomendação do Ibama de não haver redução no Trecho Vazão Reduzida (TVR) ocorreu concomitantemente um aumento da vazão afluente, o que fez com que a produção de Belo Monte seguisse normalmente, atendendo as necessidades do Sistema Interligado Nacional e mantendo a vazão no TVR sem alterações”, disse a empresa.

O TVR é a parte de um curso de água que vai desde uma barragem ou canal de adução até a seção natural em que a vazão é restituída. Já a vazão afluente corresponde é a quantidade de água que entra num reservatório. E

A interrupção do bipolo levou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pedir “cuidado”  na vazão da usina, ou seja, sem a retirada da água de forma abrupta, para que não houvesse danos socioambientais relacionado a pesca e reprodução de peixes na até o período de defeso, que acabou no último dia 15 de março.   Antes do fim do defeso, a Justiça Federal também acolheu um recurso do Ministério Público Federal para manutenção da vazão da usina.