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Com nova descoberta, Petrobras volta a defender exploração na Margem Equatorial

A Petrobras comunicou a descoberta de nova acumulação de petróleo na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial. Desta vez, o petróleo está no poço Anhangá, situado próximo à fronteira entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, em profundidade d’água de 2.196 metros.

Com nova descoberta, Petrobras volta a defender exploração na Margem Equatorial

A Petrobras comunicou a descoberta de nova acumulação de petróleo na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial. Desta vez, o petróleo está no poço Anhangá, situado próximo à fronteira entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, em profundidade d’água de 2.196 metros.

Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024 e foi precedida pela comprovação de hidrocarboneto no poço Pitu Oeste, localizado a cerca de 24 km de Anhangá. Os poços estão em concessões diferentes, ambas operadas pela Petrobras com 100% de participação.

Segundo a petroleira, as descobertas “ainda merecem avaliações complementares”. A campanha exploratória da Petrobras na região previa a perfuração de dois poços, o que já foi feito. Apesar de não haver mais perfurações, a companhia continuará com atividades exploratórias para avaliar a qualidade dos reservatórios, as características do óleo e a viabilidade técnico-comercial da descoberta em Anhangá.

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Margem Equatorial

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A Bacia Potiguar, onde estão localizados os poços de Anhangá e Pitu Oeste, faz parte da Margem Equatorial, que inclui também as bacias de Barreirinhas, Pará-Maranhão, Ceará e Foz do Amazonas. Esta última é motivo de disputa entre a Petrobras e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que já negou por duas vezes o licenciamento ambiental para exploração na região. A Petrobras alega que já cumpriu todos os requisitos para obtenção da licença.

Nos comunicados sobre a descoberta de Anhangá, a Petrobras voltou a defender a exploração da Margem Equatorial. A companhia ressaltou a importância da descoberta de novos reservatórios de petróleo e gás para a segurança energética do Brasil e para uma “transição energética justa”. Também mencionou o “sucesso exploratório” na Guiana e no Suriname, que estão próximos à Bacia da Foz do Amazonas e, por isso, há expectativa de semelhança na composição geológica.

Além disso, a Petrobras destacou que a perfuração dos dois poços na Bacia Potiguar ocorreu “com total segurança, dentro dos mais rigorosos protocolos de operação em águas profundas, o que reafirma que a Petrobras está preparada para realizar com total responsabilidade atividades na Margem Equatorial”. A Petrobras reafirmou que os investimentos de US$ 3,1 bilhões previstos em seu Planejamento Estratégico 2024-2028 apenas na Margem Equatorial estão mantidos, com a perfuração de 16 poços nesta região.

A disputa pela liberação de atividades exploratórias na Margem Equatorial já envolveu a Advocacia-Geral da União, que deu parecer favorável à Petrobras. A celeuma está relacionada a uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS), que agora é solicitada pelo Ibama mas não foi um requisito previsto na época do licenciamento das concessões. A realização desta avaliação é muito complexa e demorada.

Na ocasião da concessão da licença ambiental para os dois poços exploratórios na Bacia Potiguar, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, contemporizou que as análises para licenciamento ambiental no litoral do Amapá e no Rio Grande do Norte seriam diferentes, pois já há atividade petrolífera na Bacia Potiguar.

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