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Volatilidade dos preços afeta resultado da Energisa no 1º tri

A volatilidade dos preços de energia no mercado livre no longo prazo afetou os resultados da Energisa no primeiro trimestre deste ano, mas em abril grande parte do efeito foi revertido, após uma acomodação dos preços, segundo Maurício Botelho, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia.

Volatilidade dos preços afeta resultado da Energisa no 1º tri

A volatilidade dos preços de energia no mercado livre no longo prazo afetou os resultados da Energisa no primeiro trimestre deste ano, mas em abril grande parte do efeito foi revertido, após uma acomodação dos preços, segundo Maurício Botelho, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia.

A Energisa usa a curva de preços futura da Dcide, que apresentou uma volatilidade “bem atípica”, disse Botelho durante a teleconferência de apresentação dos resultados do trimestre encerrado em março.

Os preços para 2024, 2025 e 2026 tiveram alta de, respectivamente, 26,8%, 32,9% e 20,8%, enquanto o PLD se manteve em R$ 61,14/MWh durante o início deste ano, preço mínimo regulatório do ano.

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A marcação a mercado da carteira de comercialização teve impacto negativo de R$ 120,2 milhões no trimestre.

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“Novamente, foi um efeito não-caixa. Mas, eu queria ressaltar aqui que em abril esse efeito já foi em grande parte revertido, após a acomodação dos preços em função de uma perspectiva hidrológica positiva”, afirmou.

No trimestre, a Energisa teve lucro líquido consolidado de R$ 1,1 bilhão, crescimento de 123% na comparação anual, muito por conta do crescimento expressivo da energia distribuída, devido às temperaturas elevadas registradas no período, e também devido aos resultados das revisões tarifárias concluídas desde então pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A receita líquida consolidada da companhia cresceu 21,9% no trimestre, a R$ 8 bilhões. A principal atividade da companhia, a distribuição de energia elétrica teve aumento de 13,3% na receita, a R$ 6,9 bilhões no trimestre.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 36% no trimestre, a R$ 2,5 bilhões.

A energia faturada cresceu 11,9%, a 10.527 GWh. Considerando apenas o mercado cativo, houve aumento de 9,4% no trimestre, a 8.031 GWh.