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Por ora, Taesa descarta qualquer oferta via mercado de capitais e aponta cautela para leilão de junho

A Taesa deve continuar a estudar ‘profundamente’ as oportunidades para seu crescimento por meio de leilões de transmissão ou com a aquisição de projetos brownfield, segundo o CEO da transmissora, André Moreira, descartando uma possível capitalização. “Por ora, não há nenhuma decisão formal de qualquer oferta de ações, debêntures ou outros valores mobiliários via mercado de capitais. Não tem essa decisão”, disse Moreira durante teleconferência de resultados do primeiro trimestre deste ano.

Por ora, Taesa descarta qualquer oferta via mercado de capitais e aponta cautela para leilão de junho

A Taesa deve continuar a estudar ‘profundamente’ as oportunidades para seu crescimento por meio de leilões de transmissão ou com a aquisição de projetos brownfield, segundo o CEO da transmissora, André Moreira, descartando uma possível capitalização.

“Por hora, não há nenhuma decisão formal de qualquer oferta de ações, debêntures ou outros valores mobiliários via mercado de capitais. Não tem essa decisão”, disse Moreira durante teleconferência de resultados do primeiro trimestre deste ano.

A empresa e continuará focada em participar dos leilões e a estudar alternativas para captação de recursos, além de buscar e avaliar oportunidades e alternativas de financiamento e de otimização de estrutura de capital.

O CEO da Taesa ainda lembrou aos analistas que uma possível decisão de ir a mercado ainda estará sujeita à política de governança da transmissora, passando pelos órgãos oficiais e aprovação do seu conselho de administração.

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“Se [a captação] ocorrer algum dia, isso será realizado dentro da legislação vigente e da regulamentação aplicável. Sendo bem objetivo: não tem nada decidido ou em vista neste momento para aumento de capital da companhia”, reforçou André Moreira.

O executivo ainda destacou que a Taesa está “muito bem-posicionada”, com resultados consistentes e em linha com o planejamento estratégico de dez anos da transmissora, e até em melhor posição do que estava traçado nesse horizonte.

No primeiro trimestre de 2023, a Taesa reportou lucro líquido regulatório de R$ 215,4 milhões, aumento de 47,3% na comparação com igual período de 2022.

Segundo a empresa, o crescimento está atrelado, principalmente, à entrada em operação dos empreendimentos Sant’Ana (parcial), ESTE, Aimorés, Paraguaçu e Ivaí (parcial) durante o ano de 2022.

A receita operacional líquida regulatória da companhia apresentou um crescimento de 23,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2022, totalizando R$ 828 milhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos e depreciação) regulatório foi de R$ 733,8 milhões.

Leilão

A transmissora está se preparando com cuidado e cautela para o leilão que ocorre em 30 de junho e que soma uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 2,5 bilhões. O motivo são os lotes extensos e RAPs elevadas, somadas a um maior tempo de construção, dada a expectativa de falta de equipamentos para os projetos no mercado.

O edital prevê investimentos da ordem de R$ 16 bilhões, divididos em nove lotes, que correspondem a 26 novas linhas de transmissão e um secionamento, além de três novas subestações, um novo pátio e um novo transformador. No total, estão previstos 6.122 quilômetros de linhas de transmissão e 400 MVA em novas transformações, com prazo de obras entre 36 e 66 meses, passando por sete estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo.

“Mas a gente entende que a competitividade ainda deve estar presente com agentes e investidores de longo prazo do setor. Para isso, a Taesa está se preparando de forma cautelosa e cuidadosa para que a gente possa, tal qual nos outros leilões e nessa quantidade de RAP que ganhamos nos últimos 18 meses, trazer projetos atrativos para a companhia e remuneração adequada ao nível de risco percebido em cada projeto”, explicou Fábio Antunes Fernandes.

Empreendimentos

Do ponto de vista operacional, a companhia atingiu 99,88% de índice de disponibilidade das linhas em 2022 e uma parcela variável revertida de R$ 5 milhões em função de um evento pontual e externo.

“Seguimos dedicados aos nossos empreendimentos em construção com a energização recente de outras fases dos projetos de Sant’Ana e Ivaí, chegando muito próximo a suas conclusões finais, além da assinatura dos contratos de concessão, ao final de março deste ano, dos dois lotes arrematados no leilão de dezembro de 2022”, disse a empresa em comunicado.

Um deles, a concessão de Saíra, já passa a receber 72,2% da sua RAP total (R$ 121,1 milhões). Somando à entrada em operação dos empreendimentos de ESTE, Aimorés e Paraguaçu e parciais de Sant’Ana e Ivaí no ano passado, essas recentes entregas adicionam uma RAP de cerca de R$ 586 milhões para a companhia (2022-2023 – adicionado de PIS/Cofins), considerando a participação proporcional da Taesa nessas concessões.

Os demais empreendimentos em construção de Ananaí, Pitiguari, Tangará, 2ª fase de Saíra e reforços da Novatrans adicionarão uma RAP de mais de R$ 370 milhões, quando entrarem em operação comercial.