Carvão

Copel hiberna UTE Figueira e estratégia será descarbonizar sua geração

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a operação comercial da unidade geradora UG1, de 20 MW, da UTE Figueira, no município de Figueira, estado do Paraná. Conforme trocas de cartas entre a Copel, detentora da usina, e a agência reguladora, a suspensão decorre da obstrução de uma das linhas de alimentação de carvão que ocasionou uma sequência de falhas na referida unidade geradora, com previsão de retorno inicial em outubro de 2023.

Foto: divulgação
Foto: divulgação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a operação comercial da unidade geradora UG1, de 20 MW, da UTE Figueira, no município de Figueira, estado do Paraná.

Conforme trocas de cartas entre a Copel, detentora da usina, e a agência reguladora, a suspensão decorre da obstrução de uma das linhas de alimentação de carvão que ocasionou uma sequência de falhas na referida unidade geradora, com previsão de retorno inicial em outubro de 2023.

Depois de atualizações de prazo, a empresa realizou a manutenção da usina e declarou que a mesma seria desligada em caráter definitivo.

Em nota à MegaWhat, a Copel informou que protocolou junto ao Ministério das Minas e Energia, em outubro de 2023, documento informando a intenção de retornar a concessão da usina à União.

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“A decisão é parte da estratégia da companhia de descarbonizar a sua matriz de geração de energia. A termelétrica de 20 MW de potência instalada, movida a carvão mineral, não tem contratos fornecimento de energia vigente. Assim, a Copel vai hibernar a unidade e zerar a emissão de CO₂”, disse a empresa em nota.

Além da termelétrica Figueira, a Copel possui um parque gerador composto por 61 usinas próprias, sendo 18 hidrelétricas e 43 eólicas, e tem participação em outros 14 empreendimentos de geração de energia, em uma térmica, oito hidrelétricas, quatro parques eólicos e uma solar, totalizando uma capacidade instalada de quase 7 GW ajustados à sua participação.

O futuro da UTE

Em encontro realizado na semana passada com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD-PR) teria reforçado a importância da retomada, no menor tempo possível, das operações usina para não gerar impactos sociais e econômicos na cidade e nos municípios da região.

“Estamos dando sequência a uma conversa que tivemos há 15 dias com o Secretário de Energia Elétrica do Mistério de Minas e Energia (MME), Gentil Nogueira, e abrindo bons canais de diálogo para encontrar uma solução que permita a retomada das operações da usina de Figueira no menor tempo possível”, destacou Romanelli depois da reunião.

Em nota, o deputado afirma que o ministro afirmou que espera a aprovação no Senado do projeto de lei 11.247/2018, que originalmente criava um marco legal para a exploração de energia eólica offshore, mas recebeu diversas emendas. Um dos apensamentos realizados prevê a extensão do prazo para o fornecimento da energia gerada por usinas movidas a carvão até 2050, o que valeria para a térmica, já que têm contratos em vigor somente até 2028.

>> MME vai negociar emendas de PL da eólica offshore e prevê MP com antecipação de R$ 26 bi para tarifas.

A pasta foi procurada pela MegaWhat para falar sobre o assunto, contudo, até o momento, não enviou posicionamento.