Aerogeradores

Vestas vai investir R$ 130 milhões em fábrica no Ceará, anuncia ministro

No primeiro trimestre a dinamarquesa elevou o estoque global de encomendas de aerogeradores em 5 GW na comparação anual, alcançando 25,8 GW.

Aerogerador Vestas/Crédito: Peter Dazgatz por Pixapay
Aerogerador Vestas/Crédito: Peter Dazgatz por Pixapay

A dinamarquesa Vestas vai anunciar investimentos de R$ 130 milhões na sua unidade de produção de aerogeradores no Ceará. A declaração, no entanto, não partiu da companhia dinamarquesa, mas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em cerimônia de assinatura do marco legal do hidrogênio de baixo carbono nesta sexta-feira, 2 de agosto.

A empresa já possui uma fábrica de naceles na região e se tornou uma opção para os geradores brasileiros após a GE interromper a produção no país e de a Siemens Energy enfrentar uma crise global por conta de avarias em turbinas.

No primeiro trimestre de 2024, a dinamarquesa elevou o estoque global de encomendas de aerogeradores em 5 GW na comparação anual, alcançando 25,8 GW.

Junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na assinatura do projeto de lei nº 2308/2023, que institui o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, Silveira ressaltou os acordos para estudo e desenvolvimento de projetos no estado.

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Em cerimônia no Porto do Pecém, Lula também assinou a Medida Provisória que institui o Programa Mover e o decreto que aprova o regulamento do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).

“O Ceará será um dos grandes hubs de hidrogênio verde, colocando em prática os 33 memorandos de entendimento já assinados”, disse o ministro.

Alexandre Silveira ainda reforçou que a Medida Provisória 1.212 resolveu o descasamento do sistema de transmissão e criou “condições para que a oferta de energia solar, eólica e de biomassa se antecipem à nova indústria verde”.

>>>PSR Explica: O marco legal e os desafios da indústria de hidrogênio

O marco legal do hidrogênio de baixo carbono foi aprovado em 11 de julho pela Câmara dos Deputados e aguardava a sanção presidencial. O projeto institui um marco regulatório para o setor e estabelece uma série de incentivos fiscais e financeiros para estimular a produção de hidrogênio no país.

O texto prevê créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032 para os projetos relacionados à indústria do hidrogênio, sem restrição de rota, com teto de emissões para ser de baixo carbono de 7kgCO2eq por kg de H2 produzido.