O governo do Rio de Janeiro concedeu nesta terça-feira, 22 de dezembro, a licença de operação para a primeira termelétrica do Porto do Açu, no Norte Fluminense, a UTE GNA I. Movida a gás natural, a usina tem como acionistas a Prumo Logística, BP e Siemens. A expectativa é que a térmica entre em operação comercial no primeiro semestre de 2021, com capacidade instalada de 1.338 megawatts (MW).
Segundo o governador em exercício do Rio de Janeiro, Claudio Castro, a construção da usina gerou mais de 11 mil empregos e estimulará a participação de outros grupos em investimentos no estado.
A UTE GNA I faz parte de um complexo termelétrico de 3 gigawatts (GW) de capacidade instalada, considerando a construção de uma segunda usina (UTE GNA II). Além das térmicas, o projeto compreende um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), com capacidade para 21 milhões de metros cúbicos diários. O investimento total no parque termelétrico é de aproximadamente R$ 10 bilhões.
Para gerar menos impacto ambiental, a licença de operação prevê que 100% da operação da usina seja feita a partir da dessalinização de água do mar. Além disso, estão em execução programas de monitoramento com o objetivo de acompanhar as condições ambientais, como emissões atmosféricas e a qualidade do ar e da fauna. Em relação à vegetação, já foi recuperada, como forma de compensação, uma área de 4,47 hectares de restinga.
A GNA possui, ainda, licença ambiental para ampliar a capacidade instalada do parque termelétrico para até 6,4 GW.
Segundo Guilherme Penteado, diretor de regulação da GNA, as obras da UTE GNA II estão previstas para começar em 2021 e devem gerar mais de 5 mil empregos.
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