A assinatura da venda da termelétrica de Pampa Sul, por R$ 2,2 bilhões, incluindo o pagamento de R$ 450 milhões, pode ter um efeito positivo para a Engie Brasil Energia (EBE) no mercado, principalmente pela consolidação do programa de venda de ativos de geração a carvão da companhia, de acordo com analistas que acompanham o setor.
Às 10h35, as ações da EBE eram negociadas com alta de 0,64%, a R$ 39,54.
“Apesar do preço baixo, esperamos uma reação positiva do mercado à notícia de que a empresa se tornará um agente puramente renovável”, afirma o Itaú BBA, em relatório assinado pelo time de utilities, formado por Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia.
Na mesma linha, o Credit Suisse destacou que, apesar do potencial impacto negativo, referente à avaliação financeira do negócio, e da redução na proteção contra hidrologia desfavorável para os próximos anos, a venda da térmica faz parte de um esforço maior da Engie e suas subsidiárias para reduzir a exposição às emissões de carbono globalmente e de se concentrar em uma matriz energética mais verde. A observação foi feita em relatório assinado por Carolina Carneiro e Rafael Nagano.
O Itaú BBA informou ainda esperar que a EBE utilize os recursos da operação para desenvolver novos projetos renováveis.
Nesse sentido, o diretor-presidente e diretor de relações com investidores da EBE, Eduardo Sattamini, afirmou que “a venda é muito positiva para os planos da Engie de direcionar esforços e investimentos aos empreendimentos de energia renovável e infraestrutura de transmissão”.
*Texto atualizado para a inclusão de informações.