Estudo realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indica que o consumo de energia elétrica no país apresentou retração de 11% após a adoção de medidas de isolamento social para combate à covid-19.
O percentual considera a média do Sistema Interligado Nacional (SIN) no período entre 21 de março e 8 de maio deste ano com a mesma base de comparação em 2019. Nesse recorte, o mercado regulado teve queda de 11%, enquanto o mercado livre recuou 12%. A redução é um pouco menor no ambiente regulado por causa da continuidade do consumo da classe residencial.
A CCEE explica que os dados são preliminares e levam em conta a demanda total do mercado cativo e do livre, que permite a escolha do fornecedor e a negociação de condições contratuais. Além disso, o estudo não considera os dados de Roraima, único estado não interligado ao sistema elétrico nacional.
“Os dados que nós temos disponíveis hoje apontam para um início de estabilização. Resta saber se, com a flexibilização da quarentena em determinadas regiões e a sinalização de condições mais rigorosas de isolamento em outras, esse cenário se mantém”, analisa Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
O estudo traz informações detalhadas sobre o desempenho do consumo de energia por ramo de atividade e por região. A CCEE analisou ainda o desempenho do consumo de energia elétrica dos estados, comparando a média do período de isolamento em base anual (2020 ante 2019).
Crise faz disparar no país projetos que preveem quebra de contratos
O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (17/05) uma reportagem sobre o aumento do número de projetos legislativos que preveem a quebra de contratos neste momento de crise econômica provocada pela pandemia de covid-19.
Levantamento da empresa Sigalei, feito a pedido do Estado, mostra que no Congresso Nacional, nas 15 principais Assembleias Legislativas e na Câmara Municipal de São Paulo já existem 352 propostas que buscam impor, entre outras coisas, redução de juros em empréstimos, descontos em mensalidades escolares e suspensão de pagamentos por serviços essenciais (água, energia elétrica, telefonia e internet) durante a pandemia.
Conforme mostra o levantamento da Sigalei – empresa de inteligência de tecnologia política e regulatória –, os projetos têm como justificativa principal as dificuldades de famílias e empresas em pagar contas durante o período de isolamento social, com consequente queda de renda.
Apenas na área de serviços essenciais há 160 projetos que tratam, entre outros assuntos, de proibição de cortes de fornecimento, suspensão de cobranças e estabelecimento de gratuidade em alguns serviços. A reportagem ressalta que na maioria dos casos, porém, não há estudos do impacto das medidas sobre as empresas fornecedoras.
Petrobras inicia fase não-vinculante da Gaspetro
A Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 4 de maio de 2020, iniciou a fase não-vinculante referente à venda da totalidade de sua participação de 51% na Petrobras Gás S.A. (Gaspetro).
A esse respeito, a Agência Petrobras explica que os potenciais compradores habilitados para essa fase recebem um memorando descritivo contendo informações mais detalhadas sobre a companhia, além de instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para elaboração e envio das propostas não vinculantes. As principais etapas subsequentes do projeto serão informadas oportunamente ao mercado.
Obras da unidade de gás natural do ex-Comperj tiveram redução de pessoal em 70%, diz Petrobras
O contingente das obras da unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Gaslub Itaboraí (ex-Comperj), no Rio de Janeiro, foi reduzido em 70%, devido à pandemia de covid-19 e medidas de distanciamento social, segundo a diretora de finanças e relações com investidores da Petrobras, Andrea Almeida. A redução de pessoal atende pedido das autoridades de Itaboraí. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
Com base em uma pesquisa realizada pelo Instituto Península, que atua nas áreas de Educação e Esporte, o jornal O Estado de S. Paulo informa que oito em cada dez professores não se sentem preparados para ensinar online. A pesquisa também mostra que quase 90% deles disseram nunca ter tido experiência com ensino a distância e 55% afirmaram não ter recebido, até agora, suporte ou treinamento para atuar de forma remota, conforme exigido após a suspensão de aulas por causa da pandemia de covid-19.
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O principal destaque da edição deste domingo (17/05) do jornal O Globo é a situação de 7 milhões de alunos da rede pública no Brasil, que estão sem merenda escolar. De acordo com a reportagem, desde o fim de março, estudantes de pelo menos dez estados e seis capitais deixaram de receber alimentação escolar prevista por lei após suspensão das aulas por conta das medidas de isolamento para conter a epidemia da covid-19.
O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública dos estados de Rio de Janeiro e São Paulo entraram com ações na Justiça para apurar irregularidades e cobrar uma distribuição mais eficiente das merendas.
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A Folha de S. Paulo informa que a Polícia Federal antecipou, em 2018, ao senador recém-eleito Flávio Bolsonaro, que o seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) seria alvo de operação policial. Queiroz, funcionário de Flávio Bolsonaro no gabinete de deputado estadual na Alerj, era investigado por “rachadinhas” e desvio de dinheiro público. As informações ao jornal são do empresário Paulo Marinho,suplente do senador.