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Rio Alto aceita proposta da IG4 Capital e ganha mais 10 dias para formalizar acordo - Edição do dia

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Foto: Estudo_contrato_acordo.jpg
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O Valor Econômico informa que a Rio Alto, empresa de energia renovável, aceitou a proposta de compra pela gestora IG4 Capital na sexta-feira (4/7) e ganhou um prazo de mais dez dias de proteção judicial para formalizar o acordo.

A gestora de Paulo Mattos assinou acordo de exclusividade para comprar a companhia e agora deverá iniciar o processo de “due diligence” (auditoria prévia). A expectativa de fechamento do acordo, segundo fontes, é de 90 dias.

Na decisão, o juiz afirma que as partes comunicaram que a versão final da proposta vinculante da IG4 foi “aceita pelos acionistas do Grupo Rio Alto”. Conforme o Valor havia noticiado na semana passada, parte dos credores também já estava de acordo com a oferta da gestora.

Siemens Energy fecha contrato de R$ 2 bi para plataforma da Petrobras

A Siemens Energy vai fornecer sistemas de compressão elétrica com diferentes finalidades para dois navios-plataformas (FPSO, na sigla em inglês) da Petrobras que estão em construção, informa o Valor Econômico.

O negócio, da ordem de R$ 2 bilhões, foi firmado entre a Siemens e a Seatrium, contratada pela estatal para a construção dos FPSOs P-84 e P-85. As plataformas serão destinadas, respectivamente, para os campos de Atapu e Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos.

Os equipamentos serão fabricados, montados e testados na unidade da Siemens localizada em Santa Bárbara D’Oeste (SP). Segundo o presidente da empresa, André Clark, a produção dos sistemas de compressão vai permitir que as plataformas excedam em 20% o requisito mínimo de conteúdo local estabelecido para cada FPSO. Para Clark, o contrato é um sinal de que as instalações da empresa no Brasil para atender ao mercado de óleo e gás se mostraram competitivas globalmente.

Relator quer manter pontos polêmicos em projeto de licenciamento ambiental

A Folha de S. Paulo informa que o relator na Câmara do projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental, deputado Zé Vitor (PL-MG), defende manter os pontos mais polêmicos da proposta, entre eles a licença concedida apenas com base na promessa de cumprir exigências estabelecidas por órgãos ambientais, sem uma análise aprofundada.

O parlamentar, porém, já admite deixar para outro texto o detalhamento de medidas controversas, como a licença estratégica apadrinhada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que pode beneficiar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

Os dois dispositivos, a LAC (Licença por Adesão e Compromisso) e a LAE (Licença Ambiental Especial), respectivamente, são os principais focos de disputa dentro da proposta, que deve ser votada até quinta-feira (10/7).

De acordo com a reportagem, Zé Vitor já se reuniu com ministérios do governo Lula (PT) e vai levar o tema para os deputados nos próximos dias, para concluir seu relatório, que pode trazer algumas mudanças.

ONS indica estabilidade nas projeções de energia armazenada

O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) que compreende a semana operativa de 05 a 11 de julho apresenta perspectiva de estabilidade para o índice de Energia Armazenada (EAR), em relação às primeiras projeções do mês. Os níveis de armazenamento dos reservatórios ao longo do mês devem se manter acima de 60% em todos os subsistemas. As maiores elevações previstas se concentram no Norte, que deve chegar ao final do mês em 95,9% e no Sul, com expectativa de 89,3%. No caso do Nordeste, se confirmada a previsão, a EAR deverá chegar a 65,2% e no Sudeste/Centro-Oeste a 64,6%.

As previsões de afluências se mantêm com três subsistemas apresentando projeções de Energia Natural Afluente (ENA) abaixo da Média de Longo Termo (MLT). A exceção é a região Sul, que deve atingir índice de 115% da MLT. Para os demais, os percentuais esperados para o último dia do mês são: 83% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste; 64% da MLT no Norte; e 41% da MLT no Nordeste. 

Os cenários prospectivos para a demanda de carga são de expansão no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em três subsistemas. O SIN deve ter avanço de 0,3% (76.009 MWmed). Os submercados que devem registrar crescimento são o Norte, 4,4% (8.112 MWmed), o Nordeste, 3,7% (12.837 MWmed) e o Sul, 1,5% (13.609 MWmed). Para Sudeste/Centro-Oeste, as estimativas são de redução de 1,9% (41.451 MWmed). Os percentuais comparam as projeções de julho de 2025 com os resultados verificados no mesmo período de 2024. 

O Custo Marginal de Operação (CMO) para a próxima semana operativa está com o mesmo valor em todos os subsistemas: R$ 228,49/MWh. (Fonte: ONS

Petroleiras reduzem investimentos com estagnação do preço do barril

As principais petroleiras do mundo pisam no freio dos investimentos em novas reservas e campos de produção, de acordo com reportagem do jornal O Globo.

Com a perspectiva de que a cotação internacional do barril de petróleo mantenha-se por mais tempo entre US$ 60 e US$ 70 — o menor nível em quatro anos —, as companhias estão reavaliando projetos em várias áreas. A Agência Internacional de Energia (AIE) estima queda de 6% em 2025 nos aportes em desenvolvimento de produção no mundo, para US$ 420 bilhões. É o primeiro recuo desde a pandemia, ressalta a reportagem.

Em maio, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, indicou sintonia com as perspectivas globais do setor para os próximos anos. Ela afirmou que era hora de a estatal — que já discute a revisão anual do seu plano de investimentos — apertar os cintos. Mesmo com os conflitos no Oriente Médio, maior região produtora do mundo, o preço petróleo não tem subido.

Nos EUA, a política econômica de Donald Trump mira no barateamento dos combustíveis enquanto previsões de menor demanda com a desaceleração econômica global também contribuem para a manutenção do atual patamar do barril. Por outro lado, a tendência é de alta da oferta acima da demanda até o fim desta década.

Na semana passada, a Opep+, que reúne os maiores produtores do mundo, concordou em elevar a oferta em 548 mil barris por dia, acima do previsto. O grupo já havia anunciado aumentos de 411 mil barris por dia para maio, junho e julho — três vezes o nível originalmente planejado — e os mercados esperavam o mesmo patamar para agosto.

Europa tem blecautes e também pico de geração solar durante onda de calor

Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que, como efeito colateral de severa onda de calor na Europa, que provocou recordes de temperatura, incêndios e mortes nos últimos dias, a geração de energia solar alcançou o maior patamar da história no continente para um mês de junho – 45 terawatts-hora (TWh), crescimento de 22% se comparado ao mesmo mês do ano passado. O continente não escapou de blecautes e interrupções de serviços, provocados pela alta no consumo de energia e problemas de distribuição.

Segundo a Ember, empresa de pesquisas e análises voltada para o setor, a demanda diária de energia na região registrou alta de 14% na semana passada, quando a canícula, intensificada pelas mudanças climáticas, de acordo com especialistas, levou os termômetros a mais de 40°C em regiões de Portugal, Espanha e França — ou próxima a isso em países normalmente mais frios, como a Alemanha.

Blecautes curtos viraram rotina na Itália. França e Espanha registraram paralisações em seus serviços ferroviários. Na sexta-feira (4/7), foi a vez de Praga ficar sem metrô. A capital da República Tcheca teve máximas de 37°C na semana passada e investigou as causas do apagão. Além de problemas de manutenção e infraestrutura, o calor provocou o desligamento de várias termelétricas.

Onda de frio provoca colapso energético na Argentina

O portal de meteorologia MetSul informa que a Argentina enfrenta uma das piores crises energéticas de sua história recente. De acordo com a reportagem, a onda de frio polar levou o sistema de abastecimento de gás natural à beira do colapso, causando cortes massivos em várias regiões do país.

Na Argentina, o gás é usado em calefação para aquecer residências. Em meio a temperaturas mínimas históricas e consumo recorde, residências, indústrias, comércios e até serviços essenciais enfrentaram dificuldades para manter o funcionamento na semana passada.

Em quase todo o país, as distribuidoras foram instruídas a cortar o fornecimento de gás a usuários com contratos “interrumpibles”, ou seja, que aceitam interrupções em troca de tarifas mais baratas. Isso afetou diretamente indústrias, comércios, shoppings e postos de combustível.

Segundo dados da Associação de Gás Natural (AGN), a demanda prioritária — que inclui residências, hospitais e escolas — superou os 100 milhões de metros cúbicos diários pela primeira vez na história. O sistema nacional de gás não conseguiu atender à demanda total, que chegou a 156,6 milhões de metros cúbicos por dia. O déficit estimado é de 6 milhões de metros cúbicos.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: O tom do comunicado da cúpula do Brics, neste domingo (6), no Rio, expõe as dificuldades do grupo depois de tomar a decisão de se expandir, a partir de 2023, e reunir um conjunto de países com interesses ainda mais heterogêneos.

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O Estado de S. Paulo: O presidente Donald Trump anunciou na noite deste domingo (6/7), que os acordos tarifários feitos pelos Estados Unidos com diversos países serão divulgados a partir das 13h (horário de Brasília) desta segunda-feira (7/7). O republicano disse ainda que países alinhados às “políticas antiamericanas do Brics” vão pagar uma tarifa adicional de 10%. Segundo ele, “não haverá exceções a esta regra”. As declarações foram feitas através da Truth Social (a rede soial de Trump).

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Folha de S. Paulo: A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de retirar do arcabouço fiscal os gastos do Judiciário financiados com receitas próprias surtiu efeito contrário ao esperado e reduziu o limite que os órgãos têm para suas despesas em 2025.

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O Globo: Sem uma nova reforma previdenciária ou nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), o gasto do INSS pode aumentar em R$ 600 bilhões até 2040, um incremento de cerca de 50% em relação ao custo atual, de R$ 1,15 trilhão. Os números são parte de um estudo do Centro de Liderança Pública (CLP), que trata dos efeitos do rápido envelhecimento da população brasileira nas contas públicas, levando em conta a tendência de desequilíbrio por causa da queda da taxa de natalidade nas últimas décadas.

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