Consumo

Desaceleração econômica pode reduzir crescimento de carga a partir de 2024, prevê Ampere

A leve piora das projeções de crescimento econômico brasileiro a partir de 2024 pode resultar em uma diminuição no ritmo de expansão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) nos próximos três anos, segundo simulação realizada pela Ampere Consultoria, que considera premissas de crescimento econômico definidas a partir de diversas fontes no mercado.

A leve piora das projeções de crescimento econômico brasileiro a partir de 2024 pode resultar em uma diminuição no ritmo de expansão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) nos próximos três anos, segundo simulação realizada pela Ampere Consultoria, que considera premissas de crescimento econômico definidas a partir de diversas fontes no mercado.

“Essa deterioração das condições econômicas deve afetar em particular o submercado Sudeste/Centro-Oeste, onde o ritmo de crescimento da carga deve desacelerar entre 2024 e 2026 ante a previsão anterior”, prevê a consultoria.

A perspectiva da Ampere é que a taxa de crescimento de carga desacelere para 2,9% em 2024 e 3,3% em 2025, contra as previsões de, respetivamente, 3% e 3,5% apresentadas na 2ª Revisão Quadrimestral das Previsões de Carga para o Plano de Operação Energética pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), realizada em agosto deste ano. 

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Nas demais regiões do país, as projeções vão no sentido contrário, com taxas de crescimento mais acentuadas, em particular no Norte, por conta principalmente da interligação de Manaus-Boa Vista (RR) ao SIN.  

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Para 2026 e 2027, por sua vez, a previsão é que o ritmo de alta da carga diminua em 0,1 ponto percentual, para 3,6% e 3,3%, respectivamente.

As premissas de crescimento econômico consideradas pela Ampere que justificam essa desaceleração sofreram leves retrações, para 1,5% (2024), 2% (2025), 2,2% (2026) e 2,4% (2027), contra, respectivamente, 1,7%, 2,2%, 2,3% e 2,5% considerados anteriormente. Por outro lado, a perspectiva é que neste ano a economia cresça 2,4% (contra 2,3% considerados na projeção anterior).

Ondas de calor 

Impulsionadas pelo El Niño, as ondas de calor registradas desde setembro deste ano pressionaram o consumo de energia. Com isso, o crescimento deve passar dos 1,6% indicados anteriormente pelo ONS para 2,3%. Já a economia pode crescer cerca de 2,4%, conforme conjunto de projeções macroeconômicas de diversas fontes do mercado consultadas pela Ampere.