Os efeitos não-recorrentes podem continuar a exercer papel importante nos resultados das distribuidoras de combustíveis do Brasil no terceiro trimestre, de acordo com a análise do Credit Suisse. De acordo com o banco, dessa vez, esses efeitos incluem um substancial ganho de estoque, na comparação com o segundo trimestre, dado que os preços se recuperaram desde maio. Em contrapartida, haverá compressão das margens de reposição.
Diferentemente dos dois primeiros trimestres do ano, o Credit Suisse não espera que as importações exerçam papel importante no terceiro trimestre. Isso porque a Petrobras demorou para acompanhar a tendência de alta dos preços internacionais, o que provocou descontos domésticos tanto no preço da gasolina quanto no do diesel.
Com relação aos ganhos de estoque, o banco prevê, no resultado do terceiro trimestre, efeito de R$ 32/m3 para a BR Distribuidora (ante uma perda de R$ 28/m3, no segundo trimestre), de R$ 33/m3 para a Raízen (ante uma perda de R$ 30/m3, no trimestre anterior) e de R$ 34/m3 para a Ipiranga (em relação a uma perda de R$ 30/m3, na mesma comparação).