Entidades ligadas ao setor de biodiesel e a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) traçam estratégia para tentar reverter decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que reduziu a mistura do biodiesel ao diesel a 10% para todo o ano de 2022.
A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) solicitou audiência com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para tratar do assunto. A expectativa é que o encontro possa ocorrer ainda este mês.
Um dos fatores que pesou na decisão do CNPE foi a expectativa de aumento de custos do biodiesel e seu impacto para a inflação. A FPBio e as entidades do setor, no entanto, refutam esse argumento.
“A redução da produção de biodiesel, além de afetar toda a extensa cadeia produtiva, formada por 300 mil pessoas só da agricultura familiar, usinas, esmagadores de soja, cooperativas, entre outros, vai gerar aumento das emissões de poluentes e de gases de efeito estufa e há tendência de elevação dos gastos com diesel fóssil, com a importação de diesel altamente poluente”, informou a FPBio, em nota.
Portaria publicada nesta quarta-feira, 1º de dezembro, no Diário Oficial da União, prorroga para até 23 de fevereiro de 2022 o prazo para a finalização do grupo de trabalho criado pelo CNPE para analisar e propor critérios para a previsibilidade do teor mínimo obrigatório de biodiesel no óleo diesel B, comercializado nos postos de combustíveis.