Os países europeus já desembolsaram cerca de 792 bilhões de euros para subsidiar os consumidores dos crescentes custos de energia no bloco. O cálculo consta no levantamento realizado pela think thank belga Bruegel.
Do montante, a União Europeia foi responsável por aportar 657 bilhões de euros, dos quais 265 bilhões foram destinados apenas à Alemanha. O Reino Unido, por sua vez, gastou 103 bilhões em diferentes políticas para mitigar a alta de preços, enquanto a Noruega desembolsou 8,1 bilhões.
Embora reconheçam a importância para a população e para as empresas da adoção de medidas de longo prazo, como o pacote de subsídios, os analistas da Bruegel defendem um grande acordo na União Europeia para os enfrentamentos da crise energética na Europa.
Para os analistas, a dinâmica de preços no bloco precisa mudar, já que os estados estão ficando sem espaço fiscal para manter um financiamento tão amplo. Além disso, citam a importância de um acordo mútuo, e que os governos deveriam focar seus esforços em políticas de preços para os consumidores do varejo, como cortes em impostos ligados a gasolina ou limites de preços de energia.
“Em vez de medidas de supressão de preços que são de fato subsídios aos combustíveis fósseis, os governos devem promover mais políticas de apoio à renda que sejam voltadas para os segmentos mais baixos da distribuição de renda e para setores estratégicos da economia”, disse o analista de pesquisa Giovanni Sgaravatti.
Em um levantamento realizado pela MegaWhat, em agosto de 2022, somando os subsídios e alternativas buscadas pelos principais países da Europa contra os cortes de gás natural da Rússia, chegamos ao montante de US$ 1,09 trilhão. O valor não considera tributos descontados das contas de energia ou dos combustíveis, ou até mesmo, compensações mensais concedidas pelos governos.