UHE Sinop paga cerca de R$ 10 milhões em royalties de recursos hídricos em 2022

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

15/Mar/2023 17:05 BRT

A usina hidrelétrica (UHE) Sinop alcançou a marca de 252.791,44 MWh de geração em 2022, gerando aproximadamente R$ 10 milhões em compensação financeira pela utilização de recursos hídricos para geração de energia, alta de 28% em relação ao ano anterior.

Localizada no rio Teles Pires, em Mato Grosso (MT), a UHE Sinop repassou ao estado cerca de R$ 2 milhões. Órgãos do Governo Federal também receberam valores no período, como a Agência Nacional de Águas (ANA), que obteve R$ 1 milhão, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que recebeu R$ 341 mil, e os Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia ficaram com R$ 256 mil cada. 

Já os municípios vizinhos da usina como Sinop, Cláudia, Itaúba, Sorriso e Ipiranga do Norte receberam aproximadamente R$ 5,5 milhões em 12 meses de operação. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi responsável por gerenciar a arrecadação e a distribuição dos recursos para os órgãos, munícipios e ao estado. 

“Temos registrado o aumento de pagamento de royalties da água nos últimos anos, o que está diretamente ligado ao aumento da geração de energia. [...] Seguimos trabalhando para melhorar ainda mais o desempenho da usina e conquistar bons resultados para o negócio e comunidades”, afirma o diretor-presidente da Sinop Energia, Ricardo Padilha. 

Sobre os royalties da água 

O valor total a ser distribuído pelas geradoras é equivalente a cerca de 7% de toda a energia produzida mensalmente pelas usinas hidrelétricas, valorada pela Tarifa Atualizada de Referência (TAR), determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por gerenciar a arrecadação e a distribuição dos recursos. 

A quantia é repartida entre estados e municípios localizados na área de influência dos reservatórios das hidrelétricas da empresa e órgãos da administração direta da União. A compensação é repassada mensalmente e não pode ser usada para pagamento de folha de pessoal ou para quitar dívidas, exceto as contraídas junto à União. Entretanto, municípios têm liberdade de aplicação e destinação destes recursos podendo priorizar os anseios das comunidades.