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Eletrobras vê preço de energia mais alto e se prepara para leilões de transmissão e reserva de capacidade

A Eletrobras está avaliando sua participação nos leilões de transmissão de março e setembro e no certame de reserva de capacidade, que teve a consulta pública aberta para discussão pelo Ministério de Minas e Energia (MME) recentemente, de acordo com Élio Wolff, vice-presidente de estratégia da companhia, em teleconferência realizada nesta quarta-feira, 14 de março, para comentar os resultados da companhia de 2023.

Logotipo da Eletrobras no edifício sede, no centro do Rio de Janeiro. A holding Centrais Elétricas Brasileiras S.A. atua na geração, transmissão e distribuição de energia.
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A Eletrobras está avaliando sua participação nos leilões de transmissão de março e setembro e no certame de reserva de capacidade, que teve a consulta pública aberta para discussão pelo Ministério de Minas e Energia (MME) recentemente, de acordo com Élio Wolff, vice-presidente de estratégia da companhia, em teleconferência realizada nesta quarta-feira, 14 de março, para comentar os resultados da companhia de 2023.

Para o leilão de transmissão, a Eletrobras está concentrando os esforços nos lotes que fazem mais sentido para a companhia.

“Sobre o leilão de capacidade, estamos trabalhando desde ano passado no tema, o MME lançou a CP e tivemos leituras positivas, incluindo a entrada pela primeira vez das hidrelétricas, nas quais temos oportunidades e estamos preparando esses projetos para torná-los habilitados e competitivos”, ressaltou Wolff, que não detalhou quais empreendimentos da Eletrobras podem participar. O leilão terá a participação de termelétricas novas ou existentes, e para a expansão da capacidade de hidrelétricas.

Contratação e preço

Em relação à comercialização de energia, Ítalo Tadeu de Carvalho Freitas Filho, vice-presidente da área, destacou que a companhia tem perspectiva de crescimento, já que muitos consumidores expostos à volatilidade dos preços estão procurando outros meios de adquirir energia. 

O diretor financeiro, Eduardo Haiama, também falou sobre o assunto e apresentou a estimativa da companhia de que os preços possam bater entre R$ 150 e R$ 170 até 2028.

“Desde que começaram os picos de demanda, em decorrência do calor e da piora da hidrologia, sabíamos que iria se traduzir em preços no futuro. Estamos, basicamente, no final do período úmido, com hidrologia abaixo da média, e os preços se comportaram acompanhado as tendências e a questão estrutural, que engloba a inserção maior de geração distribuída, fontes intermitentes e o acionamento de térmicas para atender a demanda”, destacou.

Reestruturação

Ivan Monteiro, presidente da companhia, acrescentou ainda que uma “grande reestruturação” foi feita na área de comercialização, que ficará em São Paulo, para aumentar a carteira da companhia e atender os novos “milhares de clientes” que poderão ser atendidos.

O executivo destacou ainda que a Eletrobras deve seguir a estratégia de simplificação da estrutura societária e otimização de capital para retornar os seus investimentos ao longo dos anos.

Como exemplo, Monteiro citou a incorporação de Furnas pela companhia, explicando que “não havia sentido ter duas estruturas administrativas”, e a venda da UTE Candiota 3 (350 MW) para a Âmbar, subsidiária do grupo J&F.

“Essa busca de simplificação da estrutura administrativa e societária vai continuar ao longo dos próximos anos. É importante falar ainda da venda das nossas térmicas a gás natural, processo que tem despertado muito interesse do mercado” disse.