Hidrogênio verde pode injetar até R$ 62 bilhões no PIB do RS, aponta estudo

Projetos envolvendo a produção de hidrogênio verde podem injetar aproximadamente R$ 62 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul até 2040, de acordo com um estudo encomendado pelo governo gaúcho à consultoria norte-americana McKinsey & Company. Segundo a pesquisa, as emissões de dióxido de carbono podem ser reduzidas em até 8,4 toneladas no período abordado.

Ao mapear aspectos distintivos do estado, como demandas internas e externas, impactos econômicos e o desenvolvimento da cadeia, a entidade concluiu que o hidrogênio de baixo carbono pode ser usado como matéria-prima de refinarias, em produções de fertilizantes, no transporte rodoviário, ferroviário e marítimo, em carros de passageiros, no aquecimento industrial, dentre outras aplicações. 

Segundo a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, o Rio Grande do Sul conta com um potencial de mais de 100 GW de energia eólica e solar, que podem ser usados na produção do hidrogênio verde, sendo possível o escoamento do insumo via estrutura portuária de três portos públicos – de Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas. 

“Agora, contamos com um estudo técnico e robusto que comprova nossas condições para desenvolver essa cadeia, propiciando que investidores apostem no Rio Grande do Sul como sede de uma planta de geração de hidrogênio verde. O estado passa a ter condições de estabelecer políticas públicas que vão estimular ainda mais o setor, como financiar a substituição de transporte coletivo por veículos movidos a hidrogênio, entre outras frentes”, afirmou o governador Eduardo Leite, durante apresentação do estudo. 

Ainda no evento, o governador estado e a prefeitura do município de Rio Grande assinaram um acordo de cooperação para a efetivação de ações que priorizem a transição energética e o plano de descarbonização. 

A apresentação do estudo contou, ainda, com apresentações de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do fundo de investimento Sumitomo Corp Americas e das empresas Neoenergia, Enerfín e White Martins, que firmaram parcerias com o governo para realizar estudos ou implementar projetos relacionados ao Hidrogênio Verde.