No limite da otimização operacional, a Petrobras anunciou a redução do preço da gasolina A e o aumento do preço do diesel vendido às distribuidoras pelas suas refinarias, com o intuito de reequilibrar os valores com o mercado internacional e com os valores marginais.
“Estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna-se necessário realizar o ajuste, visando o reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”, diz a companhia em nota.
Os reajustes passam a vigorar a partir do sábado, 21 de outubro, com a gasolina A registrando uma redução de R$ 0,12 por litro, para R$ 2,81 por litro, queda de 4,1% em relação ao atual preço médio de venda para as distribuidoras.
O diesel chegará aos R$ 4,05 por litro com o aumento de R$ 0,25%, elevação de 6,58% em comparação ao valor médio praticado atualmente na comercialização para as distribuidoras.
Em comunicado, a Petrobras afirma que, neste ano, tanto a gasolina A como o diesel comercializado para as distribuidoras acumulam reduções. No caso da gasolina, a queda é de R$ 0,27 por litro no ano, enquanto no diesel a redução acumulada é de R$ 0,44 por litro no ano.
“A estratégia comercial que adotamos na Petrobras nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e ao mesmo tempo evitar o repasse de volatidade para o consumidor. Uma prova disto é que ao longo deste ano, mesmo com o valor do brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas, muito diferente do que aconteceu ao longo de 2022”, afirma Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
A nova estratégia de preço foi adotada pela Petrobras em maio deste ano, quando foi anunciado o fim da paridade de preços de importação do petróleo e dos combustíveis derivados, como a gasolina e diesel, pela estatal.
Em audiência pública realizada no Senado em agosto, Prates afirmou que a nova política de preços passou no ‘teste’ e que a Petrobras está mantendo seus lucros.
Guerra em Israel
A última mudança nos preços pela companhia foi realizada em agosto, quando os preços da gasolina e do diesel sofreram aumento, sob o argumento que evitaria o repasse a volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio.
O novo reajuste ocorreu após 12 dias de conflito em Israel, que tem gerado incertezas ao mercado internacional sobre petróleo.
No informe sobre os novos valores, a companhia não cita o conflito, mas justifica que, neste momento, os mercados externos e interno terão movimentos distintos nos preços praticados em cada produto. Para a gasolina, o fim do período sazonal de maior demanda global deve significar uma maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo.
Por outro lado, o diesel pode ter uma demanda global sustentada, com expectativa de alta sazonal, resultando em valorização do produto frente ao petróleo.
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