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Sobe para sete número de torres de transmissão com indícios de vandalismo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) identificou atos de vandalismo em sete torres de transmissão de energia elétrica, dos quais, quatro provocaram a queda da instalação – três em Rondônia e uma no Paraná – e as demais instalações, sem queda, correspondem a duas instalações no estado de São Paulo e uma no Paraná.

Sobe para sete número de torres de transmissão com indícios de vandalismo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) identificou atos de vandalismo em sete torres de transmissão de energia elétrica, dos quais, quatro provocaram a queda da instalação – três em Rondônia e uma no Paraná – e as demais instalações, sem queda, correspondem a duas instalações no estado de São Paulo e uma no Paraná.

A agência e o Ministério de Minas e Energia criaram um gabinete para acompanhar ataques em instituições do setor elétrico que possam comprometer o fornecimento de energia à população, no contexto dos ataques violentos registrados no domingo nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, e em diversas regiões do país.

Com os novos casos, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu, na tarde desta segunda-feira, 16 de janeiro, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Augusto Passos Rodrigues, para discutir as ações de combate aos atos e evitar novos casos e assegurar o suprimento energético.

Além da adoção de medidas preventivas e investigativas, o ministério também enviou ofício para as transmissoras e para a Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate) para efetuarem medidas preventivas de inspeção e de reforço na segurança das instalações, inclusive de monitoramento eletrônico, e para adotarem planos de contingência para restabelecimento célere dos equipamentos danificados.

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Também foi discutida na reunião a possibilidade de participação de forma integrada de agentes de segurança estadual e federal, com o reforço do patrulhamento em áreas estratégicas e o reforço do monitoramento das linhas de transmissão, com o uso de novas tecnologias como câmeras e drones.

Amanhã, 17 de janeiro, está prevista uma nova reunião entre o ministro, com representantes das empresas do setor elétrico, da Abrate, da Aneel e do ONS para a determinação de medidas junto ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

“Cabe às autoridades e à toda a sociedade o ato de vigilância daquilo que nos pertence e que é fundamental para o desenvolvimento nacional, geração de emprego e renda, competitividade e atração de investimentos. Vamos agir com o rigor da lei, punir e cobrar ressarcimento dos vândalos”, afirmou o ministro Alexandre Silveira.

A localização dos atos 

O mais recente ato de vandalismo aconteceu no domingo, 14 de janeiro, com a queda da torre 277, da linha de transmissão 230 kV Pimenta Bueno/Vilhena C3, em Rondônia, prevista para retornar à operação no dia 19 deste mês. Não houve registro de queda de energia na instalação da Eletronorte.

Os dois primeiros atos de vandalismos com queda de torres de transmissão também foram registrados no estado. O primeiro, em 8 de janeiro, ocorreu na instalação 724 da linha de transmissão do Polo 3 do ELO CC Coletora Porto Velho / Araraquara 2, que faz o escoamento da energia elétrica das usinas do rio Madeira, Santo Antonio e Jirau. A Evoltz, dona da concessão, informou que há indícios de sabotagem, uma vez que verificaram que dois estais foram cortados. Não houve interrupção da carga.

O segundo, provocou a queda da torre 2119 da linha de transmissão Samuel/Ariquemes C3, da Eletronorte, circuito integrante da interligação Acre-Rondônia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A controlada da Eletrobras informou que há indícios de sabotagem.

Na linha de transmissão que faz o escoamento da geração da hidrelétrica de Itaipu, foi encontrada uma torre caída e outras três avariadas a aproximadamente 50 quilômetros da subestação Foz do Iguaçu. Furnas, concessionária da linha, informou que na madrugada de 9 de janeiro houve o bloqueio automático do Bipolo 2 com cerca de 550 MW, e o montante foi assumido integralmente pelo Bipolo 1. A empresa também afirmou indícios de vandalismo.

Sem queda das torres, a agência reguladora identificou vandalismo: na torre 649, na linha de transmissão 440 kV Assis/Sumaré da Taesa, em 12 de janeiro, na cidade de Rio das Pedras (SP); na torre 71, da linha de transmissão 230 KV Assis/Andirá Leste, da ISA Cteep, em 12 de janeiro, na cidade de Palmital (SP); e na torre 311, no Elo CC 600 kV Foz do Iguaçu/Ibiúna – Polos 3 e 4, de Furnas, no município de Tupãssi (PR), em 13 de janeiro.

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