Opinião da Comunidade

Fernanda Tomé escreve: Qual o papel do advogado de energia no processo de empoderamento do consumidor?

Por: Fernanda Tomé* A abertura do mercado de energia visa promover a concorrência, a eficiência e a inovação no setor elétrico brasileiro, permitindo ao consumidor a participação ativa nas decisões relacionadas ao consumo de energia e a livre escolha de seus fornecedores a partir de critérios diversificados, como preço, fonte de energia, serviços adicionais e sustentabilidade.

Fernanda Tomé escreve: Qual o papel do advogado de energia no processo de empoderamento do consumidor?

Por: Fernanda Tomé*

A abertura do mercado de energia visa promover a concorrência, a eficiência e a inovação no setor elétrico brasileiro, permitindo ao consumidor a participação ativa nas decisões relacionadas ao consumo de energia e a livre escolha de seus fornecedores a partir de critérios diversificados, como preço, fonte de energia, serviços adicionais e sustentabilidade.

Em um contexto de competição no varejo, com grande oferta de produtos, torna-se imprescindível o acesso à informação clara, precisa e abrangente, de forma a garantir que seja possível o melhor aproveitamento dos benefícios deste mercado pelos novos integrantes, garantindo o real empoderamento do consumidor de energia, que passa a estabelecer novas relações jurídicas, especialmente contratuais.

De tal forma, em um cenário em que acesso à informação influencia a percepção do consumidor e a respectiva adesão ao mercado livre, muitos já tem sido os desafios de linguagem jurídica para uma comunicação eficiente entre os poucos advogados especialistas do setor elétrico e este novo público, que desconhece os regramento específicos do mercado.

Como o Direito acompanha a evolução da sociedade, é necessária a reflexão sobre a real necessidade de permanecermos discutindo minutas de contratos de compra e venda de energia tão complexas, contendo cláusulas extremamente detalhadas, em textos inundados de termos rebuscados que fogem à compreensão dos que não estão familiarizados com o mercado, em uma modalidade de contratação varejista, por exemplo, em que os representados sequer se tornam agentes da CCEE.

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Frente à realização de negócios escaláveis, os serviços jurídicos prestados neste contexto também deveriam se tornar cada vez mais ágeis, adaptáveis e otimizados e, resguardada a qualidade e a adequação jurídica e regulatória dos documentos, corroborar para a redução da temida burocracia jurídica, de forma a diminuir custos, facilitar a gestão dos contratos pelas áreas de negócios e, principalmente, mitigar disputas causadas por eventuais ambiguidades ou imprecisões nos contratos.

Por isso, é notória a importância do papel do trabalho do advogado no contexto de abertura de mercado, especialmente como agente técnico e facilitador do estabelecimento de acordos entre os diversos contratantes, objetivando uma comunicação clara, objetiva, focada e eficiente.

*Fernanda Tomé é Head of Legal da Clarke Energia

Cada vez mais ligada na Comunidade, a MegaWhat abriu um espaço para que especialistas publiquem artigos de opinião relacionados ao setor de energia. Os textos passarão pela análise do time editorial da plataforma, que definirá sobre a possibilidade e data da publicação.

As opiniões publicadas não refletem necessariamente a opinião da MegaWhat.

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