Política Energética

Bento Albuquerque, sobre racionamento: 'Não temos como prever o futuro'

Bento Albuquerque, sobre racionamento: 'Não temos como prever o futuro'

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que “é difícil prever o futuro” quanto às possibilidades de um racionamento de energia no país, mas defendeu as medidas adotadas até o momento pelo governo para lidar com os efeitos da crise hídrica, assim como a metodologia usada pelos órgãos de planejamento e operação do sistema elétrico.

“São probabilidades. As previsões de setembro ainda apontam para baixas afluências nas principais bacias, então é muito difícil prever. Pelas modelagens, temos a oferta de energia suficiente e teremos condições sim, de permanecer dessa forma, e vamos adotar todas as medidas para que não haja racionamento”, disse Albuquerque, em entrevista à Globo News.

As avaliações são feitas diariamente, mas ainda não se sabe se será concretizado o cenário de La Niña nos próximos meses, o que tende a comprometer as chuvas no Sudeste e Sul e agravar a crise. “É uma perspectiva que devemos ter com mais assertividade em outubro e novembro”, disse Albuquerque, mais uma vez repetindo que, se confirmado o fenômeno meteorológico, “vamos adotar as medidas necessárias.”

“Nossos reservatórios se esvaziam naturalmente, gerando ou não energia, porque a água tem usos múltiplos”, afirmou. “Infelizmente os reservatórios estão baixos e teremos sim nos próximos anos que replecioná-los, ou seja, encher novamente. E temos as medidas a serem adotadas nesse sentido”, completou.