IEA

Brasil formaliza pedido para entrar em agência internacional

Agência conta com 32 países-membros, 13 associados e quatro países em acessão.

Foto: Freepik
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Os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, formalizaram, por meio de carta ao diretor-geral da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), Fatih Birol, a decisão do governo de iniciar os procedimentos de acessão do Brasil à agência como membro pleno.

A decisão final caberá ao Conselho de Governadores da IEA. A agência conta hoje com 32 países-membros, 13 membros associados e quatro países em acessão.

O pedido oficial decorre da aprovação da Resolução nº 5/2025 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que declarou como de interesse da Política Energética Nacional o engajamento do Brasil nas organizações e mecanismos de cooperação internacionais relacionados ao setor de energia.

O Brasil e a IEA compartilham histórico de colaboração. Em 2017, o Brasil tornou-se membro associado da agência e, nessa condição, tem sido convidado a participar de algumas de suas instâncias, grupos permanentes, comitês e grupos de trabalho. A parceria tem abrangido temas como segurança energética, transição energética, contabilidade de carbono, dados e estatísticas e análise de políticas públicas na área de energia.

Este ano, foi concluído pela agência internacional o processo de revisão da Política Energética do Brasil.  

Organizações de interesse do Brasil

A resolução do CNPE lista como de interessa nacional a Agência Internacional de Energia e Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), ambas na condição de país membro, e da Carta de Cooperação entre Países Produtores de Petróleo (CoC), na condição de país participante.

Na resolução, o conselho esclarece que a participação na CoC “não se refere à Declaração de Cooperação da Organização dos Países Produtores de Petróleo, mecanismo conhecido como Opep+, e não enseja a participação do Brasil em entendimentos que visem ao controle de volumes de produção de petróleo”.