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EDP Brasil avalia ativo de transmissão da Celg e vê espaço para consolidação no setor

EDP Brasil avalia ativo de transmissão da Celg e vê espaço para consolidação no setor

A EDP Brasil ainda vê oportunidades para continuar crescendo no segmento de transmissão de energia, disse Luiz Otavio Henriques, diretor de Geração e Comercialização da companhia, durante teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre.

Segundo ele, a companhia segue atenta às oportunidades em leilões, mas também avalia o mercado secundário e vê espaço para novas consolidações de ativos. Recentemente, a EDP levou um dos cinco lotes do leilão de transmissão de junho, e participou – e perdeu – do leilão de privatização da CEEE.

“Entendemos que o mercado ainda tem oportunidades para outras consolidações. Tem o caso de Goiás, que deve ir ainda este ano, é uma nova consolidação a ver”, disse o executivo, se referindo à privatização do braço de transmissão da Celg GT, estatal goiana.

Em relação ao risco hidrológico, a EDP espera não sofrer grande exposição no próximo ano por causa do hedge. “Temos hedge de 20% para o ano que vem e estamos ligeiramente long”, disse Henriques, usando o termo em inglês de mercado financeiro para “comprado”, ou com sobra de contratos de energia.

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Solar

A EDP Brasil tem a meta ambiciosa de atingir 1 GW de energia solar fotovoltaica em 2025, sendo metade em geração distribuída, e o restante em geração centralizada, que tem sido desenvolvida com a EDP Renováveis. 

“Temos pelo menos dois projetos de geração centralizada que começam a gerar energia em 2024”, disse Carlos Andrade, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da companhia. 

Hoje, a companhia tem instalados 51 MWp em geração solar distribuída, e mais 50 MWp contratados que devem entrar em operação nos próximos meses. O foco da companhia, neste segmento, está no B2B, ou seja, em projetos de larga escala para grandes empresas. A companhia também vê potencial no mercado de pequenas ou médias empresas.

Reforma tributária

Ainda é cedo para avaliar os impactos da reforma tributária proposta pelo governo, mas, se o texto enviado ao Congresso for mantido, a EDP Brasil deve buscar uma reestruturação societária para mitigar os impactos negativos, disse Henrique Freire, diretor de Finanças e Relações com Investidores.

“A forma de mitigar seria fundir algumas empresas. Seria um caminho possível. Mas, naturalmente, é muito prematuro tirar ilações, acreditamos que algum consenso poderá sair”, disse o executivo.

A reestruturação pode ser necessária se for mantida a proposta de taxar dividendos, instrumentos usados pelas empresas para transferir lucro de subsidiarias para a holding a fim de fazer investimentos e aumentar a capacidade de endividamento.