O cenário macroeconômico, alinhado aos juros altos e ao preço baixo da energia, devem seguir pressionado a dívida da Renova Energia – em recuperação judicial – ao longo de 2023. A perspectiva foi compartilhada pelo presidente da companhia, Daniel Gallo, durante teleconferência de resultados com investidores, realizada nesta quarta-feira, 29 de março.
“[Além de tudo isso] a demanda por energia ainda é incerta, por conta da desaceleração econômica no momento. Isso tudo é motivo de preocupação. Estamos acompanhando o mercado, atentos aos sinais de uma possível retomada”, afirmou Gallo.
Diante dessa perspectiva, o executivo declarou que a companhia segue realizando investimentos para regularizar sua dívida, por meio de projetos eólicos e solares. Além disso, a geração de caixa da empresa será usada para amortizar o montante remanescente com instituições financeiras ao longo de dez anos.
No quarto trimestre de 2022, a Renova Energia registrou lucro líquido de R$ 750,2 milhões, crescimento de 368,3% ante o reportado no mesmo período do ano passado. Segundo o presidente da geradora, a alta se deve, principalmente, pela reversão da provisão do valor recuperável do Complexo Eólico Alto Sertão III, com 432,6 MW de capacidade instalada, que acrescentou R$ 819,7 milhões no balanço.
“Dentro do plano de recuperação, em 2022, vendemos dois ativos, conforme estava previsto, a Enerbrás (Espra), no valor de R$ 265 milhões, e do projeto cordilheira dos Ventos, pelo valor de R$ 42 milhões. Os recursos da venda desses ativos foram utilizados para amortizar as dívidas que a companhia possui”, disse Gallo.
Já a receita líquida da companhia no período foi de R$ 64 milhões, alta de 111% em relação ao período homólogo anterior.
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