Economia verde

MME espera atrair R$ 2 trilhões com Política Nacional de Transição Energética

Lula e Silveira no lançamento da Política Nacional da Transição Energética (PNTE)
Lula e Silveira assinam decreto da Política Nacional da Transição Energética (PNTE) | Ricardo Botelho - MME

Em reunião extraordinária, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a Política Nacional de Transição Energética (PNTE), que traz diretrizes para regulação e articulação setorial voltadas para a transição energética “justa e inclusiva”.

A reunião do CNPE ocorreu nesta segunda-feira, 26 de agosto, com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro de Minas e Energia e presidente do CNPE, Alexandre Silveira, e outros 16 ministros de estado.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a PTNE promoverá a articulação e coordenação entre políticas governamentais, como a Política Nacional de Mudança do Clima e o Plano de Transformação Ecológica.

A pasta avalia que o Brasil tem potencial de receber R$ 2 trilhões ao longo de dez anos em investimentos relacionados a energia renovável, combustíveis de baixo carbono e mineração sustentável para a transição energética.

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Durante a cerimônia que tratou da assinatura do plano e de outras deliberações, não houve explicação sobre as formas de atração do montante trilionário.

Estruturação da política

A PTNE terá dois instrumentos centrais. O primeiro traz a participação da sociedade civil, com a criação do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte), onde serão ouvidos agentes públicos e privados. O fórum poderá apresentar recomendações ao CNPE.

Outra vertente é o Plano Nacional de Transição Energética (Plante) que, segundo o MME, será elaborado como um plano de ação articulado com outras iniciativas governamentais, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano Clima, a Nova Indústria Brasil e o Pacto pela Transformação Ecológica.

O Plante, por sua vez, também terá dois eixos. O primeiro reunirá agentes dos setores industrial, de transportes, elétrico, mineral e de petróleo e gás natural. O segundo eixo estará concentrado em marcos legais e regulatórios relacionados ao combate à pobreza energética e ao fomento de ambiente atrativo para investimentos. “Para a elaboração do Plante, o MME já conta com apoio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Agência Internacional de Energia, do BNDES e da FGV”, diz a pasta.

A reunião do CNPE também aprovou diretrizes para a exploração e produção de óleo e gás e para o desenvolvimento do mercado de derivados de petróleo no Brasil.