A Agência EPBR informa que o marco das eólicas offshore, projeto de lei (PL) 576/2021, está emperrado no Senado Federal, sob relatoria de Weverton Rocha (PDT/MA), à espera de uma definição do governo Lula (PT) sobre a permanência ou não das emendas inseridas durante a tramitação do projeto na Câmara. O relator foi o deputado Zé Vitor (PL/MG).
A reportagem explica que entre as emendas estão a prorrogação de usinas a carvão, demanda de interesse dos parlamentares da região Sul, e a contratação compulsória de térmicas a gás e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
O texto passou com votos da base governista na Câmara. Modificou a lei de privatização da Eletrobras, com a substituição de parte da contratação obrigatória de térmicas pelas pequenas centrais hidrelétricas. Alterou, ainda, as diretrizes para os preços do gás natural, numa tentativa de viabilizar as usinas em regiões sem acesso ao gás natural.
Ainda de acordo com a reportagem, em decorrência do impasse, empresas nacionais e internacionais que pretendem investir no setor de eólicas offshore já começaram a rever seus cronogramas. E, sob pretexto de corte de gastos, começam a desmobilizar equipes.
É o caso da Corio, braço do fundo de investimento Green Investment Group (GIG), da australiana Macquarie. Segundo Ricardo de Luca, diretor da empresa no Brasil, sem uma definição no país, já foi preciso demitir equipes voltadas ao desenvolvimento dos projetos de eólicas offshore.
O embate entre Aegea e Equatorial para levar a Sabesp
A Aegea e a Equatorial entraram na reta final de preparação para a privatização da Sabesp, a principal transação do ano para o mercado de capitais brasileiro. O prazo máximo para a entrega de propostas é nesta quarta-feira (26/6), mas ainda não está certo que haverá competição entre os grupos, informa o Valor Econômico.
A posição de acionista de referência levará a um desembolso de cerca de R$ 7 bilhões — de um total de mais de R$ 15 bilhões que vai movimentar a oferta.
De acordo com a reportagem, do lado da Aegea, alguns problemas podem afetar a proposta do grupo, algo que traz um novo adicional de incerteza para a operação, que será concluída em julho. Um deles é a nova regra de concorrência adicionada pelo governo, o “right to match”, que na visão de fontes do Valor beneficia a Equatorial e pode tornar mais difícil a disputa para a Aegea.
Além disso, o principal empecilho tem sido a ‘poison pill’, regra criada para impedir que um sócio se torne majoritário por meio de uma oferta hostil. Ainda segundo fontes ouvidas pela reportagem, a companhia passa por negociações internas para viabilizar sua oferta.
Cobra e CMU Energia fecham acordo com grupo Mateus para fornecimento de energia solar via autoprodução
O Grupo Mateus, a comercializadora CMU Energia e o grupo espanhol de energia Cobra firmaram acordo para fornecimento de energia renovável para atender a 70 das 262 lojas da empresa varejista. O Grupo Mateus tem lojas de supermercados no atacado e no varejo, além de estabelecimentos voltados para venda de móveis e eletrodomésticos localizados em nove estados.
O modelo utilizado é o da chamada autoprodução por equiparação, no qual o consumidor atua como sócio do empreendimento que vai fornecer a eletricidade.
Segundo a CMU Energia, foram arrendadas duas outorgas do complexo solar Belmonte, de 455 megawatts (MW) de capacidade instalada, que foi desenvolvido e é operado pelo grupo Cobra em São José de Belmonte, em Pernambuco. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
Auren anuncia retorno de João Schmidt à presidência do conselho de administração
A Auren informou, ontem (25/6), o retorno de João Henrique Batista de Souza Schmidt como presidente do conselho de administração, após a renúncia de Mateus Gomes Ferreira do cargo de membro e presidente do colegiado.
A posse ocorrerá em 1º de julho, no último dia de Ferreira como presidente. A partir dessa data, ele assumirá as posições de vice-presidente de finanças e diretor estatutário de relações com investidores. (Valor Econômico)
Projetos de geração de 85 GW no Brasil buscam descontos em tarifas de transmissão
A plataforma de inteligência de negócios BNamericas informa que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recebeu solicitações de 1.983 usinas de geração de energia elétrica, totalizando 85,4 GW de capacidade instalada, para serem incluídas em uma medida provisória que concede descontos nas tarifas de uso do sistema de transmissão ou distribuição.
A medida envolve uma prorrogação de 36 meses do prazo para que esses projetos iniciem a operação comercial de todas as suas unidades geradoras com os benefícios.
As usinas de energia solar respondem pela maior parte das solicitações, com um total de 65,7 GW, seguidas pelos parques eólicos com 19 GW. As 12 usinas termelétricas e duas PCHs juntas totalizam 654 MW.
Das solicitações recebidas, 57 se referem a projetos ainda em análise pela área técnica da Aneel, enquanto o restante já recebeu as autorizações necessárias.
A medida exige que as partes interessadas assinem um termo de adesão, forneçam uma garantia de 5% do valor estimado do projeto e que as obras comecem dentro de 18 meses da publicação da medida em 10 de abril.
Multinacionais pedem que Japão triplique energia renovável até 2035
Um coletivo de mais de 430 multinacionais, 87 delas japonesas como Sony e Panasonic, pediu ontem (25/6) que o Japão triplique até 2035 sua capacidade instalada de energia renovável.
“Ao aumentar sua capacidade nas renováveis, o Japão poderia incrementar significativamente sua segurança energética, preservar sua competitividade internacional” e estimular o investimento privado em mais projetos de energia alternativa, indicaram as empresas em comunicado.
O governo japonês deve publicar em setembro seu sétimo plano estratégico sobre energia, que revisa a cada três anos. Segundo o coletivo de empresas chamado RE100, o Japão deve incluir no plano a meta de elevar sua capacidade instalada de energia renovável de 121 gigawatts em 2022 para 363 gigawatts até 2035. (Folha de S. Paulo – conteúdo da Agência France Presse)
PANORAMA DA MÍDIA
O Estado de S. Paulo: As empresas que discutem a revisão dos acordos de leniência firmados na Operação Lava Jato aceitaram a proposta do governo de usar até 50% do prejuízo fiscal para abater o restante das dívidas com a União, mas fizeram ressalvas que serão analisadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). O uso de metade do prejuízo fiscal é calculado com base no saldo restante das multas.
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Valor Econômico: A receita de supermercados, farmácias e atacarejos cresceu mais no começo de junho do que a quantidade vendida no país no período. Esse descolamento entre o valor vendido e o volume comercializado reflete a alta de preços. Enquanto o volume em unidades subiu 10,8%, a receita acelerou 14,4%, segundo o levantamento “NIQ Total Store”, da NielsenIQ, feito semanalmente em 1 milhão de pontos de vendas.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou ontem (25/6) maioria para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. A notícia é o principal destaque da edição desta quarta-feira (26/6) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.