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Copel testa sistemas móveis de armazenamento para atender situações críticas

A Copel anunciou nesta segunda-feira, 18 de dezembro, o uso de sistemas móveis de armazenamento de energia, que totalizam 1 MW de potência instalada, para atender a população do estado do Paraná, principalmente em situações de maior demanda ou em caso de desligamento de parte da rede. Ao todo, a companhia está investindo R$ 34,6 milhões nos sistemas.

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*Atualizada às 13h para inclusão de nota enviada pela companhia*

A Copel anunciou nesta segunda-feira, 18 de dezembro, o uso de sistemas móveis de armazenamento de energia, que totalizam 1 MW de potência instalada, para atender a população do estado do Paraná, principalmente em situações de maior demanda ou em caso de desligamento de parte da rede. Ao todo, a companhia está investindo R$ 34,6 milhões nos sistemas.

Neste domingo, 17 de dezembro, um temporal, com ventos que passaram dos 55 km/h, atingiu o município de Maringá, deixando 19 mil domicílios sem energia. De acordo com a Copel, equipes estão nas ruas para atendimento das ocorrências. Segundo alerta do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), o estado pode sofrer nos próximos cinco dias aumento de 5°C na temperatura, em relação à média, potencializando a formação de temporais.

Em nota enviada à MegaWhat, a Copel esclareceu que, em situações de temporais, como o que atingiu a região de Maringá, onde os impactos no sistema elétrico são extensos e em vários pontos distintos da rede, os benefícios proporcionados pelos sistemas de armazenamento de energia centralizados, como o sistema transportável, seriam menores ou nem percebidos pelos consumidores.

“Trata-se de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que ainda está em comissionamento, por isso as aplicações nesta fase são limitadas aos testes já aprovados perante a Aneel”, destacou a empresa.

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Armazenamento de energia 

Formada por um conjunto de baterias e um transformador, as soluções, transportadas por duas carretas, integram um projeto de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (P&D Aneel) que vai testar o funcionamento de quatro sistemas de armazenamento de grande porte em diferentes regiões do estado.  

Segundo a companhia, o sistema será reabastecido pela sua própria rede elétrica.  

“Os sistemas de armazenamento de energia ainda são uma novidade quando falamos de geração e consumo em grande escala. Com baterias capazes de armazenar grandes quantidades de energia, a sociedade ganha, porque poderemos diminuir o desperdício de energia e garantir abastecimento em situações críticas, especialmente diante dos desafios colocados pela transição energética e pelo aumento da demanda por energia limpa”, afirma Júlio Omori, superintendente de Smart Grid e Projetos Especiais da Copel. 

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Testes 

Além das baterias transportáveis, o investimento inclui a instalação de outros três sistemas de armazenamento, que serão testados pela Copel em 2024. 

Na vila de Faxinal do Céu, no centro do estado, um conjunto de baterias com 0,25 MW de capacidade e 0,86 MWh de energia armazenada será instalado junto a um sistema de geração fotovoltaica de 0,20 MWp. Segundo a companhia, o objetivo é avaliar o funcionamento das baterias em conjunto com um sistema de geração para auxiliar a sua rede e/ou operar totalmente isolado.  

Em Ipiranga, no centro-sul do Paraná, serão instalados dois sistemas de armazenamento para comparar os desempenhos. Com 0,25 MW de capacidade e 1,5 MW/h de energia instalado, um deles é formado por baterias de lítio, já o outro emprega baterias de fluxo, que apresentam uma vida útil mais extensa e pode ser uma solução para sistemas fixos. O último conta com 0,25 MW de potência e 1,2 MW/h de energia armazenada.  

Na Ilha das Cobras, no litoral, está sendo instalado outro sistema, com 0,75 MW de potência e 0,43 MW/h de energia armazenada. Conectado a uma usina solar fotovoltaica com 71 painéis e 0,31 MWp de potência, a estrutura vai fornecer energia a uma escola de gastronomia e hotelaria que o governo do estado colocará em funcionamento no local.  

“Nós vamos testar o uso dos sistemas de armazenamentos sob diversas condições. São diferentes tecnologias empregadas, em ambientes variados, mas com um mesmo objetivo, utilizar as baterias para aumentar a confiabilidade do fornecimento de energia, principalmente nas situações em que os consumidores mais precisam dela”, destaca Omori.  

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