Opinião da Comunidade

Pâmela Rugoni escreve: ESG - certificar consumo renovável deve ser prática recorrente e não tarefa para o final do ano

Pâmela Rugoni escreve: ESG - certificar consumo renovável deve ser prática recorrente e não tarefa para o final do ano

Por: Pâmela Rugoni*

As empresas consumidoras já entenderam que apostar em energia limpa traz mais competitividade no mercado. Segundo o Instituto Totum, no ano de 2022 (até final de julho) foram emitidos mais de 17 milhões de Certificados de Origem Renovável (I-RECs) no Brasil, com previsão de mais do que dobrar o número registrado em 2021 (9 milhões) até o final deste ano. Porém, atestar uma maturidade real nas questões ambientais vai além. 

Antecipar a emissão dos I-RECs pode ser uma das chaves para tirar do papel as práticas ESG. Quando se trata de comprovar o consumo de energia elétrica de fontes renováveis, é comum que as empresas consumidoras aguardem o final do ano para comprar os seus RECs. Entretanto, podemos observar uma mudança nas companhias que olham para as ações de sustentabilidade com mais cuidado.

As empresas com um nível de maturidade maior em relação às emissões de carbono na atmosfera têm exigido mais granularidade na comprovação do consumo renovável. Por exemplo,  ao invés de esperar o final do ano para comprar 12 mil RECs de qualquer mês do ano anterior, elas preferem parear o consumo mensal, comprando 1 mil RECs por mês. 

Algumas ações têm ajudado a viabilizar essa prática. Uma parceria entre a Way2 e o Instituto Totum lançou uma funcionalidade que antecipa a emissão de I-RECs, diminuindo de 50 dias para até uma semana o prazo de captação dos dados. Isso permite que o cliente consiga ver o que ele de fato está consumindo mais próximo do tempo real. Isso demonstra como  a tecnologia está fortemente atrelada à modernização do setor elétrico e como pode auxiliar na eficiência dos processos.

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Não dissociar as práticas ESG da compra de energia limpa é incorporar à rotina da empresa as iniciativas de sustentabilidade. Mais do que acompanhar a evolução do mercado,  é preciso também incluir nas práticas do dia a dia o uso de tecnologias que potencializam  as demandas atuais. Os consumidores que entendem que a comprovação de origem renovável não é uma tarefa apenas para o final do ano, mas um acompanhamento recorrente, demonstram maturidade em seus processos e nas práticas ESG de suas empresas. 

*Pâmela Rugoni é Product Owner na Way2

Cada vez mais ligada na Comunidade, a MegaWhat abriu um espaço para que especialistas publiquem artigos de opinião relacionados ao setor de energia. Os textos passarão pela análise do time editorial da plataforma, que definirá sobre a possibilidade e data da publicação.