Opinião da Comunidade

Aurélien Maudonnet escreve: Eficiência energética, nossa aliada rumo à descarbonização

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Aurélien Maudonnet escreve: Eficiência energética, nossa aliada rumo à descarbonização

Por: Aurélien Maudonnet* Na jornada pela descarbonização do planeta, as fontes de energia renováveis vão aos poucos tomando a liderança. Com dias que parecem estar contados, os combustíveis fósseis vêm perdendo sua predominância na matriz energética global. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) vislumbra que em 2025, as fontes renováveis já se tornem as maiores fontes de geração de energia no planeta. As fontes eólicas e fotovoltaicas por sua vez devem superar as hidrelétricas já neste ano, conforme demonstra a publicação “Renewables 2023 - Analysis and Forecast to 2028” da IEA. O panorama desenhado para o Brasil, principal gerador de energia renovável na América Latina, não é diferente, com as fontes solares na dianteira, seguidas por eólicas.

Júlia Farias escreve - Transição energética e ESG: a importância do âmbito social e da governança

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Júlia Farias escreve - Transição energética e ESG: a importância do âmbito social e da governança

Por: Júlia Garcia Farias* A transição energética é o processo por meio do qual as matrizes energéticas de um local são alteradas, tanto no curto quanto no longo prazo. Ela se baseia, inclusive, no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 07 da ONU: “Energia limpa e acessível: garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos”. Nessa linha, embora o Brasil já possua uma matriz energética marcada pelas hidrelétricas há mais de quarenta anos, tem se aberto ao diálogo para outras fontes renováveis e discutido transição energética, em busca de atender ao ESG - Environmental, Social and Governance. Ocorre, contudo, que isso deve ser feito não apenas na medida da sustentabilidade ambiental envolvida, mas também com relação ao âmbito social e de governança, que compõem o ESG.

Carla Damasceno escreve: Avanços, desafios e celebrações das mulheres no setor eletroenergético

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Carla Damasceno escreve: Avanços, desafios e celebrações das mulheres no setor eletroenergético

Por: Carla Damasceno Peixoto O Dia da Mulher teve origem nos movimentos de operárias do fim do século 19 e início do 20, principalmente nos Estados Unidos, Europa e Rússia. Foram promovidas várias manifestações e lutas das mulheres por igualdade de direitos trabalhistas e melhores condições de vida. Frente à estas manifestações, a Organização das Nações Unidas oficializou em 1975 a data de 08 de março como sendo o Dia Internacional das Mulheres.

Douglas Ludwig escreve - Mercado livre de energia: como modelos do exterior podem inspirar a modalidade no Brasil

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Douglas Ludwig escreve - Mercado livre de energia: como modelos do exterior podem inspirar a modalidade no Brasil

Por: Douglas Ludwig* A nova fase do mercado livre de energia no Brasil teve início em janeiro deste ano, possibilitando a compra direta de energia junto às comercializadoras para mais de 165 mil novos consumidores de alta tensão, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL), além de abrir oportunidades de mercado para os geradores. De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mais de 14 mil consumidores iniciaram o processo para migrar para o mercado livre, solicitando a rescisão de seus contratos com as distribuidoras de energia.

Alexandre Vidigal escreve: Eletromobilidade - paradoxos e precipitação

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Alexandre Vidigal escreve: Eletromobilidade - paradoxos e precipitação

Por: Alexandre Vidigal* Em tempos atuais e com os olhos voltados às futuras gerações não há a menor dúvida de que a redução de emissão de carbono em patamares substanciais é medida que já não comporta mais adiamento e, de fato, as providências para o alcance de resultados minimamente efetivos precisam ser implementadas o quanto antes. Neste cenário a redução e mesmo eliminação da queima de combustíveis fósseis é um consenso que já resta muito bem definido e, seguramente, sem volta.

Arthur Sousa escreve: Reidi é novo impulso para GD

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Arthur Sousa escreve: Reidi é novo impulso para GD

Por: Arthur Sousa* O Ministério de Minas e Energia publicou em 17 de janeiro a portaria nº 765, iniciativa que pode representar um novo capítulo da chamada geração distribuída, tornando-a uma fonte de investimentos ainda mais relevante no Brasil. Pela portaria, o MME abriu por 30 dias a coleta de sugestões e propostas para a regulamentação do artigo 28 da Lei nº 14.300 de 2022. O artigo enquadrava a geração distribuída para o incentivo previsto no Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura), embora isso nunca tenha acontecido. Com algum atraso, o governo federal pode, enfim, dar aos investidores da geração distribuída aquilo que já está previsto em lei. Se a descentralização da produção de energia solar fotovoltaica ajudou a tornar essa fonte renovável a segunda mais importante da matriz de geração elétrica do país, responsável hoje por 17% da base instalada, imagine o efeito que veremos após o MME concluir a coleta de propostas e publicar oficialmente a regulamentação do artigo 28.

Vanessa Gonçalves escreve - LCOE: Análise e assertividade na migração e adoção de energia

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Vanessa Gonçalves escreve - LCOE: Análise e assertividade na migração e adoção de energia

Por: Vanessa Gonçalves* Muito tem se falado sobre a transição para fontes renováveis e próprias. O sistema de energia que eu utilizo ainda é compensatório? O investimento feito para a adoção de uma fonte própria retornará posteriormente? Consigo integrar diferentes fontes de energia dentro de um único sistema? Ainda que essas e outras dúvidas sejam comumente encontradas, as respostas para elas ainda são bem complexas. Com a Lei 14.300, que entrou em vigor em janeiro deste ano e altera o sistema de compensação de crédito de energia, a complexidade aumenta ainda mais - principalmente em relação à tarifa sobre Fio B e Fio A, como projetos de autoconsumo remoto maiores que 500 kW e geração compartilhada quando um consumidor tiver 25% ou mais dos créditos.

Marcos Madureira escreve: O clima muda e todos temos que nos adequar

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Marcos Madureira escreve: O clima muda e todos temos que nos adequar

Por: Marcos Madureira* Historicamente, o período chuvoso no Brasil remete não só às bonanças trazidas pelas águas, mas também aos impactos causados pelas chuvas e ventos fortes, especialmente nas zonas urbanas. Até que cheguem “as águas de março fechando o verão”, muitas cidades brasileiras lidam com as consequências desses eventos. Porém nos últimos tempos presenciamos tempestades que arrasam infraestruturas, bairros inteiros, residências e o que mais estiver pela frente. Lembro aqui do desastre na região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, que devastou vilas e tirou inúmeras vidas.

Deloitte escreve: Armazenamento de energia de longa duração é tecnologia crucial para a descarbonização

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Deloitte escreve: Armazenamento de energia de longa duração é tecnologia crucial para a descarbonização

Por: Luiz Caselli, Maria Emilia Peres e Victor Bacarin* A transição para fontes de energia limpa é uma prioridade global, e que está cada vez mais presente na agenda da sociedade, à medida que o mundo inteiro enfrenta a urgente necessidade de combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de carbono. Nesse contexto, o Armazenamento de Energia de Longa Duração (LDES, sigla em inglês para “Long Duration Energy Storage”) está emergindo como uma tecnologia crucial para garantir a confiabilidade das redes elétricas e fornecer energia limpa.

Antonio Carlos de Carvalho escreve: CIGRE-Brasil, um think thank para discutir o futuro do setor elétrico

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Antonio Carlos de Carvalho escreve: CIGRE-Brasil, um think thank para discutir o futuro do setor elétrico

Por: Antonio Carlos C. de Carvalho* O III Fórum de CEOs, realizado durante o XXVII Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE), abrigou uma importante iniciativa, considerando-se o momento de transformações em que se encontra o setor elétrico brasileiro. O evento reuniu 25 executivos de importantes empresas do setor eletroenergético brasileiro para discutir os desafios atuais e futuros que se apresentam. O objetivo foi propor sugestões para atuação do CIGRE-Brasil como think tank de apoio ao setor e contribuir para que os obstáculos sejam superados.

Christiano Vieira escreve: Desafios na operação do SIN

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Christiano Vieira escreve: Desafios na operação do SIN

Por: Christiano Vieira* Com o encerramento de 2023 e o início do novo ano, é inevitável não olhar para trás e refletir sobre um ano que foi marcado por uma série de desafios energéticos para o setor elétrico brasileiro. Nos períodos de verão e outono, enfrentamos os desafios da gestão dos excedentes energéticos; no inverno, o atendimento a rampas cada vez mais intensas e, na primavera, recordes de temperatura em simultaneidade com enfraquecimento dos ventos, levando a carga a superar o marco de 100 GW e exigindo despachos térmicos para atendimento à ponta de carga. Não fosse o bastante, ainda enfrentamos uma perturbação de grande porte que trouxe uma série de aprendizados e um quadro climático complexo, sob efeito do El Niño, que trouxe seca severa nas regiões Norte e Nordeste e chuvas intensas na região Sul.

Arthur Sousa escreve - A geração distribuída além da sustentabilidade: como a fonte impacta a  geração de empregos

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Arthur Sousa escreve - A geração distribuída além da sustentabilidade: como a fonte impacta a geração de empregos

Por: Arthur Costa Sousa* O avulte da agenda ambiental tem sido um fator nevrálgico para que fontes alternativas de produção de energia elétrica ganhem tração global durante os últimos anos. No Brasil, esse debate remete à Lei 14.300/2022, em vigor desde janeiro de 2022, considerada um marco legal da geração de energia distribuída no país. Desde então, essa modalidade consolidou seu crescimento a ponto de contribuir para que a energia solar se tornasse a segunda na matriz elétrica nacional e incluir o país entre os dez maiores produtores de energia solar do planeta. Também reside aí um dos pilares de crescimento da geração distribuída, que já representa 11% de toda a geração de energia em âmbito nacional, um total em torno de 210,7 GW. O crescimento da GD, contudo, tem benefícios que vão muito além da sustentabilidade. É preciso pensar nesse modelo também em uma perspectiva de desenvolvimento socioeconômico.

Raphael Gomes e Rafael Machado escrevem: TCU e o desconto no fio - insegurança jurídica no Setor Elétrico

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Raphael Gomes e Rafael Machado escrevem: TCU e o desconto no fio - insegurança jurídica no Setor Elétrico

Por: Raphael Gomes e Rafael Machado* No dia 22 de novembro de 2023, o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) proferiu o Acórdão nº 2353/2023, visando corrigir a suposta prática de “fracionamento ou divisão de empreendimentos de geração em projetos menores”. Segundo o TCU, essa prática seria ilegal por objetivar o enquadramento simulado de usinas no regime de concessão de desconto nas tarifas de uso do sistema de distribuição e de transmissão (TUSD/TUST), incidentes sobre a energia elétrica gerada por empreendimento com base em fontes incentivadas.

Fábio Castellini escreve: Por que as empresas de eletricidade deveriam se tornar verdes

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Fábio Castellini escreve: Por que as empresas de eletricidade deveriam se tornar verdes

Por: Fábio Bombana Castellini* A demanda por eletricidade está em crescimento contínuo, e entende-se que a tendência é o aumento do consumo para os próximos anos. Além disso, a partir de janeiro de 2024, todos os clientes de alta e média tensão, independente do nível de consumo, poderão escolher o próprio fornecedor de energia com a ampliação da Abertura do Mercado Livre de Energia, aumentando a competitividade entre empresas do setor.

Camila Martins escreve: o armazenamento como oportunidade de negócio na transição energética no Brasil

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Camila Martins escreve: o armazenamento como oportunidade de negócio na transição energética no Brasil

Por: Camila C. Martins* Não há o que discutir quanto à principal motivação da transição energética global ser um misto das necessidades associadas à redução do volume dos resíduos poluentes no planeta para a descarbonização e a sustentabilidade sistêmica. E, o requisito primordial para trilhar o desenvolvimento econômico sustentável com a mitigação dos efeitos danosos ao meio ambiente, em prol do cumprimento da meta de desaquecimento global em 1,5°C, é determinado pela transformação do abastecimento de energia através de mecanismos eficientes.

Juliano Pereira escreve - Inversão do fluxo de potência: as oportunidades do armazenamento

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Juliano Pereira escreve - Inversão do fluxo de potência: as oportunidades do armazenamento

Por: Juliano Pereira* As pautas relacionadas à transição energética no Brasil estão cada vez ganhando mais espaço entre os consumidores, porém, há ainda diversos desafios para colocar esse novo cenário efetivamente em prática nas variadas propriedades brasileiras. A expansão do setor elétrico no Brasil por meio da energia fotovoltaica tem esbarrado em alguns importantes entraves. Um deles é a implementação de restrições para novas conexões à rede ou recomendação de limitação de injeção de energia em horários específicos.

Rodrigo Ferreira escreve - Texas: preço e competitividade

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Rodrigo Ferreira escreve - Texas: preço e competitividade

Por: Rodrigo Ferreira* Sábado, 23 de outubro, parti rumo ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a cidade de Houston, no Texas, conhecida como a capital mundial da energia. Na bagagem, carregava 47 páginas de warmup report sobre o mercado texano, preparadas com propriedade pelo Alexandre Viana e Victor Ribeiro, da Thymos. O objetivo da viagem foi integrar a comitiva de quase 40 profissionais que embarcaram na missão da Abraceel para conhecer o arrojado mercado do Texas. Já durante a leitura no voo, percebi claramente que, a cada milha percorrida, me aproximava de um mercado moderno, orientado pela competição varejista e por adequados sinais de preço. Racionalidade pura.

Erick Sobral Diniz escreve: Desafios para a monetização do gás natural offshore

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Erick Sobral Diniz escreve: Desafios para a monetização do gás natural offshore

Por: Erick Sobral Diniz Diante de um cenário de transição energética[1], o gás natural tem se firmado como uma fonte com baixa pegada de carbono e com segurança energética relevante, visto que não é afetada pela intermitência. Aponta-se esse energético como o combustível da transição, pelo fato de já haver infraestruturas construídas e amortizadas em vários países para seu processamento e utilização, além de haver baixo custo de adaptação das instalações industriais que utilizam fontes mais poluentes, como o óleo combustível, no Brasil, e o carvão, no restante do mundo[2].