Opinião da Comunidade

Christiano Vieira escreve: Desafios na operação do SIN

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Christiano Vieira escreve: Desafios na operação do SIN

Por: Christiano Vieira* Com o encerramento de 2023 e o início do novo ano, é inevitável não olhar para trás e refletir sobre um ano que foi marcado por uma série de desafios energéticos para o setor elétrico brasileiro. Nos períodos de verão e outono, enfrentamos os desafios da gestão dos excedentes energéticos; no inverno, o atendimento a rampas cada vez mais intensas e, na primavera, recordes de temperatura em simultaneidade com enfraquecimento dos ventos, levando a carga a superar o marco de 100 GW e exigindo despachos térmicos para atendimento à ponta de carga. Não fosse o bastante, ainda enfrentamos uma perturbação de grande porte que trouxe uma série de aprendizados e um quadro climático complexo, sob efeito do El Niño, que trouxe seca severa nas regiões Norte e Nordeste e chuvas intensas na região Sul.

Arthur Sousa escreve - A geração distribuída além da sustentabilidade: como a fonte impacta a  geração de empregos

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Arthur Sousa escreve - A geração distribuída além da sustentabilidade: como a fonte impacta a geração de empregos

Por: Arthur Costa Sousa* O avulte da agenda ambiental tem sido um fator nevrálgico para que fontes alternativas de produção de energia elétrica ganhem tração global durante os últimos anos. No Brasil, esse debate remete à Lei 14.300/2022, em vigor desde janeiro de 2022, considerada um marco legal da geração de energia distribuída no país. Desde então, essa modalidade consolidou seu crescimento a ponto de contribuir para que a energia solar se tornasse a segunda na matriz elétrica nacional e incluir o país entre os dez maiores produtores de energia solar do planeta. Também reside aí um dos pilares de crescimento da geração distribuída, que já representa 11% de toda a geração de energia em âmbito nacional, um total em torno de 210,7 GW. O crescimento da GD, contudo, tem benefícios que vão muito além da sustentabilidade. É preciso pensar nesse modelo também em uma perspectiva de desenvolvimento socioeconômico.

Raphael Gomes e Rafael Machado escrevem: TCU e o desconto no fio - insegurança jurídica no Setor Elétrico

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Raphael Gomes e Rafael Machado escrevem: TCU e o desconto no fio - insegurança jurídica no Setor Elétrico

Por: Raphael Gomes e Rafael Machado* No dia 22 de novembro de 2023, o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) proferiu o Acórdão nº 2353/2023, visando corrigir a suposta prática de “fracionamento ou divisão de empreendimentos de geração em projetos menores”. Segundo o TCU, essa prática seria ilegal por objetivar o enquadramento simulado de usinas no regime de concessão de desconto nas tarifas de uso do sistema de distribuição e de transmissão (TUSD/TUST), incidentes sobre a energia elétrica gerada por empreendimento com base em fontes incentivadas.

Fábio Castellini escreve: Por que as empresas de eletricidade deveriam se tornar verdes

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Fábio Castellini escreve: Por que as empresas de eletricidade deveriam se tornar verdes

Por: Fábio Bombana Castellini* A demanda por eletricidade está em crescimento contínuo, e entende-se que a tendência é o aumento do consumo para os próximos anos. Além disso, a partir de janeiro de 2024, todos os clientes de alta e média tensão, independente do nível de consumo, poderão escolher o próprio fornecedor de energia com a ampliação da Abertura do Mercado Livre de Energia, aumentando a competitividade entre empresas do setor.

Camila Martins escreve: o armazenamento como oportunidade de negócio na transição energética no Brasil

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Camila Martins escreve: o armazenamento como oportunidade de negócio na transição energética no Brasil

Por: Camila C. Martins* Não há o que discutir quanto à principal motivação da transição energética global ser um misto das necessidades associadas à redução do volume dos resíduos poluentes no planeta para a descarbonização e a sustentabilidade sistêmica. E, o requisito primordial para trilhar o desenvolvimento econômico sustentável com a mitigação dos efeitos danosos ao meio ambiente, em prol do cumprimento da meta de desaquecimento global em 1,5°C, é determinado pela transformação do abastecimento de energia através de mecanismos eficientes.

Juliano Pereira escreve - Inversão do fluxo de potência: as oportunidades do armazenamento

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Juliano Pereira escreve - Inversão do fluxo de potência: as oportunidades do armazenamento

Por: Juliano Pereira* As pautas relacionadas à transição energética no Brasil estão cada vez ganhando mais espaço entre os consumidores, porém, há ainda diversos desafios para colocar esse novo cenário efetivamente em prática nas variadas propriedades brasileiras. A expansão do setor elétrico no Brasil por meio da energia fotovoltaica tem esbarrado em alguns importantes entraves. Um deles é a implementação de restrições para novas conexões à rede ou recomendação de limitação de injeção de energia em horários específicos.

Rodrigo Ferreira escreve - Texas: preço e competitividade

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Rodrigo Ferreira escreve - Texas: preço e competitividade

Por: Rodrigo Ferreira* Sábado, 23 de outubro, parti rumo ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a cidade de Houston, no Texas, conhecida como a capital mundial da energia. Na bagagem, carregava 47 páginas de warmup report sobre o mercado texano, preparadas com propriedade pelo Alexandre Viana e Victor Ribeiro, da Thymos. O objetivo da viagem foi integrar a comitiva de quase 40 profissionais que embarcaram na missão da Abraceel para conhecer o arrojado mercado do Texas. Já durante a leitura no voo, percebi claramente que, a cada milha percorrida, me aproximava de um mercado moderno, orientado pela competição varejista e por adequados sinais de preço. Racionalidade pura.

Erick Sobral Diniz escreve: Desafios para a monetização do gás natural offshore

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Erick Sobral Diniz escreve: Desafios para a monetização do gás natural offshore

Por: Erick Sobral Diniz Diante de um cenário de transição energética[1], o gás natural tem se firmado como uma fonte com baixa pegada de carbono e com segurança energética relevante, visto que não é afetada pela intermitência. Aponta-se esse energético como o combustível da transição, pelo fato de já haver infraestruturas construídas e amortizadas em vários países para seu processamento e utilização, além de haver baixo custo de adaptação das instalações industriais que utilizam fontes mais poluentes, como o óleo combustível, no Brasil, e o carvão, no restante do mundo[2].

Thiago Diniz escreve: Queda da Selic é o reforço para acelerar o mercado de energia solar

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Thiago Diniz escreve: Queda da Selic é o reforço para acelerar o mercado de energia solar

Por: Thiago Diniz* Nos últimos anos, o mercado de energia solar tem experimentado um crescimento surpreendente, impulsionado por diversos fatores. Agora, os dois cortes consecutivos na Selic e o fechamento da curva de juros reais no Brasil trazem perspectivas ainda mais positivas para o crescimento e desenvolvimento do setor. O que se desenha no horizonte é altamente promissor para distribuidores, instituições financeiras, integradores e, é claro, para os consumidores ávidos por uma fonte de energia mais limpa e econômica.

Daniel Brodbekier escreve: O potencial do hidrogênio verde no Brasil e sua relação com a energia renovável

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Daniel Brodbekier escreve: O potencial do hidrogênio verde no Brasil e sua relação com a energia renovável

Por: Daniel Brodbekier* O hidrogênio verde (H2V) vem sendo considerado, em todo o mundo, como a principal aposta energética do momento, já que é classificado como uma energia limpa por possuir emissão zero de carbono. O H2V é obtido por meio de um processo químico conhecido como eletrólise, em que se utiliza a corrente elétrica de fonte renovável para separar o hidrogênio do oxigênio que existe na água. O clima e o meio ambiente vêm sofrendo os efeitos negativos do uso de combustíveis fósseis, com isso, a produção e discussão sobre o uso do hidrogênio verde é uma das alternativas para a descarbonização do planeta, já que sua produção e utilização não emitem dióxido de carbono (CO2) ou outros gases de efeito estufa.

Mariana Granata escreve - Energia solar: Insumos em queda, financiamentos em alta

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Mariana Granata escreve - Energia solar: Insumos em queda, financiamentos em alta

Por: Mariana Granata* O segundo semestre do ano inicia com a perspectiva de aquecimento do mercado de energia solar. A expectativa é que os preços dos equipamentos para a instalação de sistemas solares caia, ao mesmo tempo em que as condições de financiamento ao consumidor tendem a ficar mais acessíveis. Até meados de junho, segundo a consultoria Greener, foram instalados mais de 311 mil sistemas de geração distribuída (GD), com mais de 3,47 GW de potência instalada, que se uniram ao total de 1,97 milhão de sistemas e mais de 21,4 GW. O resultado positivo ainda reflete as solicitações de acesso feitas em 2022, antes da entrada em vigor do marco legal do setor.

TAGD Advogados escreve: A preparação dos agentes para a nova (e talvez a primeira) onda de comercialização varejista no Brasil

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TAGD Advogados escreve: A preparação dos agentes para a nova (e talvez a primeira) onda de comercialização varejista no Brasil

Por: Manuela Correia, Marvin Menezes e Rafaela Rocha* Recentemente, publicamos aqui na MegaWhat artigo abordando o retorno da comercialização varejista às mesas de debate do Setor Elétrico Brasileiro (SEB). Conforme esclarecido naquela oportunidade, embora tal modalidade já fosse prevista em regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde 2013, quando editada a Resolução Normativa n. 570/2013 (REN 570/2013), hoje já revogada, a comercialização varejista pouco havia saído do papel, tendo crescimento quase inexpressivo, porque (i) a carga mínima exigida para que os consumidores fossem elegíveis à contratação de energia no mercado livre de energia limitava a quantidade desses potenciais consumidores e (ii) porque também se considerava, até pouco tempo, que o risco do comercializador seria alto demais para o retorno do negócio, não elevando o interesse no desenvolvimento da atividade em questão.

Talyta Viana escreve: À espera de uma liquidação de encargos de transmissão eficiente

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Talyta Viana escreve: À espera de uma liquidação de encargos de transmissão eficiente

Por: Talyta Viana* Após um debate de anos e uma espera quase que interminável, o setor de energia aguarda ansiosamente pelo aprimoramento do processo de pagamento dos encargos de transmissão, que no desenho atual, demonstra uma série de ineficiências. O fluxo financeiro de pagamento dos Encargos de Uso do Sistema de Transmissão (EUST) foi estabelecido em uma época cuja realidade do setor era outra, onde a quantidade de usuários conectados ao sistema era menor e o número de transmissoras também. Atualmente, com a expansão do setor e entrada de novos agentes, urge a necessidade de aprimoramentos desse processo, com o objetivo de otimizar e dar mais eficiência na liquidação desses encargos.

André Ferreira escreve: A hora e a vez da energia solar

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André Ferreira escreve: A hora e a vez da energia solar

Por: André Ferreira* A energia solar tem desempenhado um papel cada vez mais importante no cenário energético brasileiro, trazendo benefícios significativos para o país. Com um vasto território e uma insolação privilegiada, o Brasil possui um potencial imenso para a geração de energia solar. A importância dessa fonte renovável tem crescido devido a diversos fatores, como a busca por soluções energéticas mais limpas e a necessidade de diversificar a matriz energética.

Luiz Fernando Leone Vianna escreve - Abertura do mercado do setor elétrico: uma revolução anunciada

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Luiz Fernando Leone Vianna escreve - Abertura do mercado do setor elétrico: uma revolução anunciada

Por: Luiz Fernando Leone Vianna*  O setor elétrico brasileiro passará por uma significativa mudança a partir de 1º de janeiro de 2024, em que milhares de pessoas poderão escolher seu fornecedor e contar com o benefício de redução da conta de luz. A portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME) dá a oportunidade de consumidores de alta e média tensão, do chamado Grupo A, migrarem para o mercado livre sem limite mínimo de consumo. São cerca de 72 mil novos pontos de consumo, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), frente aos 89 milhões potenciais consumidores que vislumbramos receber com a abertura total do mercado em 2028. Um universo representativo diante do cenário atual.

Celso Cunha escreve - Angra 3: sua conclusão é urgente para o setor energético brasileiro

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Celso Cunha escreve - Angra 3: sua conclusão é urgente para o setor energético brasileiro

Por: Celso Cunha*  No âmbito do setor elétrico brasileiro, a conclusão da Usina Termonuclear Angra 3 (UTN Angra 3) tornou-se uma questão urgente. O Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão responsável pela coordenação e controle do sistema elétrico nacional, já manifestou formalmente ao Ministério de Minas e Energia (MME) a importância estratégica da UTN Angra 3 nos estudos de planejamento da operação do Sistema Elétrico Brasileiro (SEB).

Fabiano Fuga escreve - PPA em dólar: os impactos no mercado e na transição energética

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Fabiano Fuga escreve - PPA em dólar: os impactos no mercado e na transição energética

Por: Fabiano Fuga* Uma recente mudança nas operações de PPA (Power Purchase Agreement) trouxe perspectivas ao setor elétrico brasileiro para atrair novos geradores e financiadores internacionais. O novo marco cambial, que entrou em vigor no final de 2022, vem impulsionando grandes acordos de compra e venda de energia limpa em moeda estrangeira – transações até então praticamente inexistentes no país. Essa tendência de mercado é estimulada cada vez mais pela atenção das empresas em busca do cumprimento da agenda ESG, além da ampliação do acesso às energias renováveis a nível mundial.

TozziniFreire escreve: O papel dos derivativos climáticos no setor de energia elétrica

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TozziniFreire escreve: O papel dos derivativos climáticos no setor de energia elétrica

Por:* Ana Carolina Katlauskas Calil, Marcelo Moreira Maluf Homsi e Letícia Cordeiro Longhi Dados apurados no mês de janeiro de 2023 pelo Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) mostraram um recorde no volume de negócios transacionados no mercado livre de energia. Foram, ao todo, 30,8 mil GWh de ativos físicos, uma alta de 75,4% em comparação com dezembro de 2021. Ainda, o BBCE divulgou um balanço indicando volume crescente de operações envolvendo derivativos de energia: em 2 de janeiro de 2023, o BBCE negociou 224 GWh de derivativos. Além disso, já foram registrados mais de 9.750 GWh e cerca de 100 empresas credenciadas para operar nesse mercado.