Denis Rildon

Empresas do Consórcio Gênesis são declaradas inidôneas pelo MME

Empresas do Consórcio Gênesis são declaradas inidôneas pelo MME

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou as empresas do Consórcio Gênesis como inidôneas para licitar e contratar com a administração pública pelo prazo de cinco anos. O consórcio participou do leilão de transmissão de junho de 2023, levando dois lotes, mas que não foi habilitado por problemas nos documentos entregues.

As empresas The Best Car Transportes de Cargas Nacionais e Internacionais e Entec Empreendimentos, também ficaram impedidas de participar de leilões por cinco anos, até que seja promovida a reabilitação perante a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Em outubro de 2023, a Aneel decidiu aplicar multa de R$ 34,162 milhões ao consórcio. Segundo despacho do presidente da Comissão Permanente de Leilões da Aneel, Ivo Sechi Nazareno, além da multa, as empresas ficaram impedidas de contratação pelo prazo de dois anos.

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O despacho também previa o encaminhamento do ofício ao MME, com recomendação para que a pasta declare a inidoneidade das empresas e de seus acionistas controladores, que ficarão, assim, impedidos de licitar ou contratar com a administração pública

A polêmica do Gênesis

O Consórcio Gênesis foi a grande surpresa do leilão de transmissão de 30 de junho, ao arrematar dois lotes, envolvendo investimentos da ordem de R$ 3,4 bilhões, com os deságios mais expressivos do dia. Na mesma data, o consórcio levantou dúvidas no mercado, já que seu representante no dia do certame, Denis Rildon, não conseguiu explicar como a empresa teria capacidade de fazer frente aos investimentos, e se recusou a dar mais informações sobre sua organização.

No dia do leilão, Rildon disse que não iria revelar de onde viria o capital a ser investido, mas afirmou que isso foi resolvido antes da participação no leilão. Em 4 de agosto, a Comissão Especial de Licitação da Aneel comunicou que a proponente não seria habilitada, por diversos problemas na documentação, incluindo a falta de comprovação de capacidade financeira. A Genesis recorreu no âmbito administrativo, mas a Aneel manteve a decisão.