Economia e Política

Silveira quer conectar Bolívia ao SIN e exportar energia de Jirau

Em reunião com o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos e Energia, Franklin Molina Ortiz, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que os sistemas isolados da Bolívia poderão ser conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) para permitir a venda de energia e auxiliar no processo de descarbonização. A reunião aconteceu nesta terça-feira, 30 de janeiro.

Silveira quer conectar Bolívia ao SIN e exportar energia de Jirau

Em reunião com o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos e Energia, Franklin Molina Ortiz, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que os sistemas isolados da Bolívia poderão ser conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) para permitir a venda de energia e auxiliar no processo de descarbonização. A reunião aconteceu nesta terça-feira, 30 de janeiro.

No encontro, Silveira defendeu ampliar a capacidade de produção de energia na hidrelétrica Jirau, localizada próxima a divisa dos dois países. Segundo o ministro brasileiro, aumentar a produção da hidrelétrica é importante para a modicidade tarifária no Brasil, além de poder exportar o excedente gerado pela usina para o país vizinho.

“Queremos avançar nas negociações das regras da operação da usina de Jirau, aumentando a sua produção. Além disso, vamos contribuir com a descarbonização dos sistemas isolados do país vizinho, ampliando ainda mais a parceria com os países da América do Sul, assim como já acontece com a Argentina, Uruguai e Paraguai, por exemplo”, afirmou o ministro brasileiro.

Em participação no Fórum Econômico Mundial, em janeiro, Silveira também defendeu a interligação da América do Sul – na ocasião, o ministro comentou a importação de energia da Venezuela para abastecimento de Roraima, que não está conectado ao SIN.

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Outros acordos

Durante a reunião, Alexandre Silveira e Franklin Molina Ortiz assinaram acordo bilateral para o desenvolvimento e a inovação da indústria e do comércio de insumos para a agricultura e para a pecuária entre os dois países. O acordo prevê ampliar o comércio de fertilizantes e insumos para a nutrição de plantas, produtos agrícolas pecuários e agroindustriais entre Brasil e Bolívia. O documento também pretende atrair investimentos para a construção e operação de plantas de fertilizantes nitrogenados nos dois países. 

Pelo acordo, o Brasil irá auxiliar com a formação de técnicos em correção e fertilidade de solos, entre outras atividades. O documento também prevê a cooperação para aumentar o conhecimento geológico e a exploração mineral de fosfatos, boratos e potássio em território boliviano. Nessa pauta, o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) irão fazer uma missão técnica no país para conhecimento sobre as áreas de ocorrência destes recursos.

Por parte do Brasil, além do ministério de Minas e Energia, assinaram o documento os ministérios de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Agricultura e Pecuária (Mapa). O ministro de Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, Remmy Ruben Gonzales Atlila, e o embaixador nomeado do Estado Plurinacional da Bolívia no Brasil, Horacio Villergas Pardo, também participaram da cerimônia.