Eólica

Eólica offshore supera 182 GW em pedidos para licenciamento ambiental no Ibama

No primeiro trimestre de 2023, quatro novos projetos de energia eólica offshore na lista de pedidos de licenciamento do Ibama, adicionando mais 6,4 GW. Com os novos pedidos, o instituto totaliza 74 parques, com 12.508 aerogeradores e uma soma 182.988 MW de capacidade instalada para análise de licenciamento ambiental.

EDF Renewables UK Teesside wind farm
EDF Renewables UK Teesside wind farm

No primeiro trimestre de 2023, quatro novos projetos de energia eólica offshore entraram na lista de pedidos de licenciamento do Ibama, adicionando mais 6,4 GW. Com os novos pedidos, o instituto totaliza 74 parques, com 12.508 aerogeradores e uma soma 182.988 MW de capacidade instalada para análise de licenciamento ambiental.

Os novos pedidos, realizados entre janeiro e março deste ano, estão localizados nos estados do Espírito Santo, Maranhão, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. A nova potência é semelhante à registrada em todo o segundo semestre de 2022, quando quatro projetos, somando cerca de 6 GW, solicitaram licenciamento

No Rio Grande do Norte, o Senai-RN pediu licenciamento para um sítio de testes com dois aerogeradores, de 7 MW e 15 MW. Ainda na casa dos MW, o estado do Maranhão também possui um projeto, de 720 MW, denominada de Humberto de Campos. São previstos 12 aerogeradores, de 60 MW cada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O maior projeto em capacidade instalada entre os quatro novos pedidos é o da usina Ibi Offshore, no Rio Grande do Sul, que soma 1,96 GW. No Espírito Santo, o licenciamento foi requerido para a Vitória Offshore, de 1,2 GW.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dos 74 pedidos de licenciamento, 24 contam com áreas sobrepostas a outros polígonos. Os estados do Ceará e Rio Grande do Sul lideram no número de projetos e potência, somando 45 usinas e mais de 114 GW (62,3% do total de pedidos)

O Ibama recebe e divulga os pedidos de licenciamento ambiental, mas o avanço dos projetos não depende do instituto, e sim da regulação da atividade, ainda nas mãos do governo e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em outubro de 2022, foram publicadas portarias definindo regras para o uso das áreas marítimas para geração de energia elétrica e criando um portal único de gestão do uso das áreas offshore. A programação dos leilões de cessão de áreas vai considerar o planejamento da expansão da geração de energia e o potencial energético estimado para cada prisma. Ainda serão publicadas diretrizes para os certames, que serão feitos pela Aneel.

Leia também:

Mundo deve instalar 680 GW em nova geração eólica até 2027, diz GWEC

Expansão da eólica no Brasil depende de uma política industrial energética

– ‘Dia do perdão’ pode liberar 7 GW em espaço na rede de transmissão para renováveis, diz Abeeólica